Banner sindicalizacao 2023


Notícias
Publicado em Quinta, 22 Junho 2017 13:45
PLG_ITPSOCIALBUTTONS_SUBMITPLG_ITPSOCIALBUTTONS_SUBMITPLG_ITPSOCIALBUTTONS_SUBMITPLG_ITPSOCIALBUTTONS_SUBMIT

O Sindicato dos Jornalistas do DF cobrou, em audiência pública realizada na tarde desta quarta-feira, 21/6, na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, maior responsabilidade do Estado em relação à segurança da população em manifestações, em especial dos jornalistas. Na audiência, a entidade a apresentou um dossiê que relata nove casos de agressões sofridas por jornalistas no dia 24 de maio, quando ocorreu o #OcupaBrasília. Na próxima semana, esses casos estarão na denúncia que o Sindicato irá apresentar ao Ministério Público do DF. O dossiê também será protocolado na Secretaria de Segurança Pública do DF.

VEJA AQUI O DOSSIÊ

O documento demonstra claramente a repressão da polícia aos profissionais de comunicação na manifestação. O dossiê reúne fotos, vídeos e depoimentos dos jornalistas que foram agredidos pelos policiais. O levantamento comprova que os agentes de segurança agrediram os jornalistas por meio de gás de pimenta, gás lacrimogênio, balas de borracha e, até mesmo, por bala letal (Confira aqui a nota de repúdio do Sindicato).

 “Foram nove jornalistas [agredidos]. Houve uso desproporcional de força, inclusive com emprego de armamento letal”, ressaltou.  Pozzembom também denunciou o uso de armas letais durante o protesto, apresentado o registro em vídeo e fotos do momento. “Quando descobriram que estavam sendo filmados, foram para cima dos jornalistas. Um deles saca a arma atira em direção ao pé do jornalista”, complementou.

O Sindicato dos Jornalistas tem realizado repetidas cobranças junto ao Governo do Distrito Federal para garantir a segurança dos jornalistas. Antes do #OcupaBrasília, por exemplo, a entidade enviou ofício ao GDF para alertar sobre a importância da segurança dos profissionais na manifestação (veja mais aqui).

O SJPDF vê com muita preocupação o aumento dos casos de agressões das forças de segurança contra jornalistas. Em 2016, relatório realizado pela Federação Nacional de Jornalistas apontou que cerca de 26% das ocorrências relatadas envolvem policias militares e guardas civis (confira mais). A entidade também lembra que os jornalistas no exercício de suas funções têm enfrentado agressões por parte dos manifestantes.

“Independentemente de posições, o trabalho dos jornalistas merece ser respeitado, uma vez que essa categoria tem a missão de atender ao direito à informação dos cidadãos e é, ela própria, também formada por trabalhadores no exercício desta função. Na avaliação da direção da entidade, a preservação da liberdade de imprensa e a garantia da liberdade de expressão, inclusive dos manifestantes, são fundamentais para que a sociedade obtenha informações qualificadas sobre os fatos, em especial sobre as manifestações”, aponta nota do SJPDF sobre os casos de violência no #OcupaBrasília.

Audiência Pública

A audiência pública realizada na tarde desta terça-feira, 21/6, na Comissão de Direitos Humanos e Minorias tratou da violência policial em manifestações. Além do coordenador-geral do SJPDF, fizeram parte da mesa de debates os seguintes representantes:

- o representante do Coletivo Mídia Ninja, Oliver Kornblihtt; 
- o coordenador da Frente Brasil Popular, Igor Felippe Santos; 
- o representante da Defensoria Pública da União Geraldo Vilar Correia;
- a integrante do Conselho Nacional dos Direitos Humanos,Iara Moura;
- o representante da Frente Povo sem Medo Alexandre Varella;
- o representante do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal Wanderlei Pozzembom; 
- o professor do curso de Serviço Social da UnB Leonardo Ortegal; e
- vítima de violência policial em manifestações.

Entre os assuntos discutidos na audiência, foi debatida a possibilidade de criação de uma subcomissão para acompanhar e denunciar os casos de criminalização dos movimentos e manifestações populares (confira as discussões da audiência aqui).


Receber notícias

Acesse o Site