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No último sábado, 25/11, a categoria aprovou por unanimidade o aumento da contribuição dos sindicalizados. Sem ser reajustada há 12 anos, a mensalidade passará de R$ 50 para R$ 60. O novo valor será cobrado a partir do mês de janeiro.

O principal motivo que levou a diretoria discutir o aumento da contribuição com a categoria foi o atual cenário enfrentando pela classe trabalhadora e por todos os sindicatos do país. Por meio da aprovação da reforma trabalhista, os trabalhadores irão perder uma série de direitos e a obrigatoriedade do imposto sindical, que era uma previsão legal para contribuir no financiamento das entidades sindicais, foi extinto pela nova lei.

Na assembleia, os integrantes da diretoria da entidade além de apresentarem a defasagem no valor da contribuição, também explicaram outras medidas de precaução tomadas pela diretoria, visto que a instituição perderá cerca de 30% da sua receita, com o corte do imposto sindical previsto na reforma trabalhista.

O Sindicato investe ainda em outras medidas como o aluguel da sede da entidade, a parceria para ceder o auditório do SJPDF, a redução de despesas e a busca de parceria para o Clube de Imprensa (veja abaixo).

Reginaldo Marcos Aguiar, coordenador-administrativo do SJPDF, afirma que as medidas visam garantir a qualidade dos serviços prestados pelo sindicato. “Estamos buscando alternativas para continuar atuando com eficiência depois do profundo ataque aos direitos dos trabalhadores e aos Sindicatos. Todas as nossas ações serão no sentido de ampliar a receita e reduzir despesas do Sindicato como forma de continuar mantendo o bom serviço”, afirma Reginaldo.

Medidas tomadas pelo Sindicato

Na semana passada, a diretoria da entidade lançou carta, que foi amplamente divulgada, em que explica todas as propostas para enfrentar a perda de receita.  Confira abaixo os argumentos divulgados:

Após os ataques aos trabalhadores e à organização sindical advindos da reforma trabalhista, a diretoria do Sindicato dos Jornalistas convoca a todos os sindicalizados para se apropriar das finanças da entidade e debater a possibilidade de reajustar a contribuição mensal. A proposta da diretoria é fixar um valor único da mensalidade em R$ 60,00, mudando a contribuição que era de 2% do salário com teto de R$50,00, praticada desde 2005, ou seja, por 12 anos sem que fosse ajustada, apesar da inflação de cerca de 95% nesse período.

Durante os últimos meses, o Sindicato dos Jornalistas realizou um amplo diagnóstico das contas da entidade, reviu os contratos de fornecedores, cortou ações previstas no planejamento em busca de manter as contas saudáveis.

O orçamento previsto para 2017 é de cerca de 1 milhão de reais. Os recursos que vinham do imposto sindical, extinto pelo governo federal, foram da ordem de cerca de 230 mil reais em 2017. Assim, as contas estão sendo revistas para garantir que a perda desse recurso – que representa cerca de 25% do total de arrecadação do Sindicato - não comprometa o atendimento da categoria nesse momento profundo de ataque aos direitos dos trabalhadores.

Com uma estrutura já enxuta, a diretoria considerou ser inviável promover cortes em seu quadro de cinco funcionários que atendem, hoje, a categoria, composto por uma secretária, uma administradora, um tesoureiro, uma jornalista e uma faxineira. A única medida tomada em relação aos recursos humanos, acordada com os trabalhadores da entidade, foi de implementar a coparticipação no plano de saúde, o que vai gerar uma economia de cerca de R$ 10 mil por ano.

Mudança da sede

A diretoria também já decidiu mudar a sede da entidade, que hoje funciona na cobertura do Edifício City Offices Jornalista Carlos Castello Branco. O Sindicato já está buscando interessados em alugar o espaço, que tem 800 m2. Com a decisão, o Sindicato passará a ocupar algumas salas e lojas próprias disponíveis no prédio, Com isso, reduzirá os gastos de manutenção da sede do Sindicato. A diretoria também está em busca rentabilizar o auditório do Sindicato, sendo por uma parceria com o condomínio do prédio ou o aluguel do espaço.

Aumento da taxa do registro profissional

Uma outra medida já tomada foi o aumento da taxa de registro profissional para R$ 50,00. Essa taxa já não cobria os custos com a intermediação junto ao Ministério do Trabalho. Contratos de telefonia e de mensageiros estão sendo revistos, sendo que já foram economizados cerca de R$ 500,00 mensais só no fechamento de linhas telefônicas. A diretoria também decidiu administrar seus imóveis, após sugestão dos próprios funcionários do Sindicato.

Mais cortes

Outra decisão foi suspender a impressão do jornal enviado trimensalmente aos jornalistas, o NR. Com a decisão, a Coordenação de Comunicação está buscando soluções digitais para informar a categoria, ampliando a atuação nas redes sociais e criando uma linha de transmissão direta pelo Whatsapp.

Além disso, foi cortado o auxílio de R$300,00 mensais para gastos com transporte e telefone da coordenação geral, que agora vai arcar com os custos do próprio bolso. Também foi decidido realizar o Encontro de Jornalistas em Assessoria de Imprensa do Distrito Federal (ENJAI-DF) de forma mais simples possível, para garantir a presença dos delegados no evento nacional da FENAJ. (O ENJAI-DF será realizado no dia 11 de novembro, a partir das 10h, no auditório do Sindicato.)

Além disso, foram suspensas as reformas dos banheiros da sede, que teriam como objetivo facilitar a realização de eventos, e também do piso da cobertura

Mudanças no Jurídico

 Uma outra medida adotada foi a garantia do atendimento jurídico apenas para jornalistas sindicalizados em dia, jornalistas desempregados e aposentados. A decisão foi mais uma forma de privilegiar o atendimento aos colegas que ajudam a custear a entidade, por meio da sindicalização. Jornalistas não sindicalizados poderão, ainda, fazer um atendimento inicial, mas para dar prosseguimento a qualquer ação terão que se sindicalizar.

A assessoria jurídica é feita pelo escritório de advocacia Antônio Rodrigo Advogados Associados que atua de forma especializada no atendimento aos jornalistas na própria sede do Sindicato.

Outras propostas

Uma das apostas da diretoria do Sindicato é ampliar a base de jornalistas sindicalizados à entidade. Hoje, o SJPDF é o segundo maior sindicato do país, ficando atrás apenas do Sindicato dos Jornalistas de SP. Desde 2011, o Sindicato realiza anualmente campanhas de sindicalização, o que permitiu uma ampliação da base de sindicalizados mesmo nos anos seguidos de crise econômica. Para fortalecer ainda mais a entidade, o Sindicato busca novos convênios e a manutenção de uma assessoria jurídica sólida.

O Clube da Imprensa também é visto como uma alternativa, tanto para melhorar a qualidade de vida dos jornalistas quanto para gerar recursos à entidade. Porém, precisamos garantir um clube sustentável, que não onere o sindicato para a manutenção de suas operações. Mesmo tendo uma ação judicial contra um antigo parceiro, que não cumpriu o contrato de reconstrução do clube e deixou de pagar as mensalidades previstas, a diretoria busca conseguir soluções que permitam a resolução do impasse e garantam o funcionamento do clube.

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