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Na terceira reunião de negociação da Convenção Coletiva de Trabalho dos Jornalistas do DF, na última terça (17), o Sindicato das Empresas de TV, Rádios e Jornais (Sinterj) não apresentou nenhuma nova proposta para os jornalistas. Em assembleia realizada na última segunda-feira (16), os trabalhadores decidiram rejeitar o texto apresentado pelas empresas no dia 3 e construíram uma nova contraproposta.

Os jornalistas aprovaram mudanças no reajuste salarial, no piso salarial e no seguro de vida, defendendo uma proposta de 4,56%, representando a inflação do período mais a compensação de perdas salariais de 3%.

A assembleia também aprovou uma nova proposta para a participação nos resultados (PLR) e o abono, que passariam a um mínimo de R$2300,00 e um teto de R$2600,00, representando 45% da remuneração do empregado. O PLR ainda poderá ser dividido em duas vezes, uma na assinatura do contrato e outra em julho de 2018.

A assembleia ainda decidiu pela manutenção do restante das cláusulas apresentadas no início da negociação, solicitando, mais uma vez, que as empresas apresentem retorno sobre cada proposta.

Negociação

O Sinterj afirmou em reunião, ocorida na sede do Jornal de Brasília, que não teve tempo de avaliar a nova proposta dos jornalistas. Sobre as cláusulas já apresentadas, o sindicato patronal continuou em silêncio, só afirmando que a licença-maternidade de seis meses seria um prejuízo para as mulheres, já que dificultaria a contratação das mesmas no mercado de trabalho.

O Sindicato repudiou a posição das empresas, reafirmando que essa é uma das principais demandas da categoria. “A licença-maternidade de seis meses é um desejo de todas as redações, as empresas não podem mais virar as costas para essa proposta. Nós também não aceitamos ameaças misóginas do sindicato patronal, sendo um verdadeiro preconceito contra as mulheres”, afirma Gésio Passos, coordenador do SJPDF.

Confira a tabela das propostas em discussão:

  Proposta dos trabalhadores Proposta dos Patrões
Reajuste 4,56% 1,70% de aumento
Piso R$ 2.530 + 4,56% 1,70% de reajuste
PLR

45% da remuneração
- Teto - R$ 2.600
- Piso - R$ 2.300

(duas parcelas: uma na assinatura e outra até julho/18)

35% do salário base
Teto – R$ 1.600
Piso – R$ 1.400
(poderá ser pagos em duas parcelas 31/1018 e 28/02/19)
Auxílio-alimentação Mínimo de R$ 600,00 por mês para quem ganha mais do que isso, reajuste segundo o INPC R$ 300,00 a ser pago a parti do mês 03/2019
Auxílio-creche Mínimo de R$ 700 R$ 460 por filho
Seguro de vida 4,56% 1,7% de reajuste

 

Proposta dos trabalhadores

A pauta apresentada pelos trabalhadores defende um aumento do auxílio-creche para R$700,00 e dos vales alimentação para o mínimo de R$600,00. Os trabalhadores também reivindicam que seja garantida a licença maternidade de seis meses e de paternidade de 30 dias.

O retorno do pagamento do Adicional por Tempo de Serviço para toda categoria, garantindo um quinquênio de 3%, também é um dos itens da pauta de reivindicações. A categoria defende, ainda, a ampliação da compensação de horas-extras por folga em 100%, ou seja, duas horas para cada hora trabalhada. Outro ponto importante previsto na pauta é a ampliação da multa a ser aplicada nos atrasos dos salários e na PLR.

Na assembleia geral, os jornalistas presentes também incluíram doze novas cláusulas na pauta da Convenção Coletivo de Trabalho, como adicional para quem produz para mais de um veículo, abono social, proibição de terceirização nas redações, estabilidade no emprego, medidas de segurança e multa de descumprimento da CCT, entre outras.

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