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A garantia do exercício da liberdade de expressão, a defesa intransigente dos direitos das/dos jornalistas e do seu exercício profissional e o fortalecimento da democracia foram as principais questões apontadas na solenidade de posse do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do DF, realizada no último dia 4 de outubro. Com o auditório cheio, o momento marcou não só a mudança de gestão, mas também refletiu sobre os desafios e as necessidades para o próximo período (2019/2022).

A política aplicada pelo governo federal, também adotada pelo Governo do Distrito Federal, pavimentada em reformas antipovo, torna o momento atual um dos mais delicados da história da categoria de jornalistas e de toda classe trabalhadora, com ataques sistemáticos aos direitos garantidos. Além disso, o próprio direito à informação e à comunicação está sendo violado, com o aparelhamento da estrutura pública de comunicação pelo governo, censuras, silenciamento de vozes e dados, a partir do comando de um governo que utiliza a desinformação via redes sociais na Internet para inflar seus discursos.

“Precisamos fortalecer a luta pelos direitos trabalhistas, pelo combate ao desemprego e pelo enfrentamento do racismo, machismo e LGBTfobia. A categoria enfrenta múltiplas formas de assédio e desrespeito, que conduzem muitas e muitos de nós ao silêncio e ao adoecimento. Acreditamos que é pelo diálogo e união que vamos tirar esse nó da garganta e erguer a cabeça. Temos um enorme orgulho da nossa profissão e a certeza de que ela é fundamental para a democracia brasileira”, afirma Juliana Cézar Nunes, que compõe a Coordenação Geral do Sindicato.

Bruna Adelaide, que também integra a Coordenação Geral do Sindicato, afirma que “os desafios dessa nova gestão serão muitos diante da conjuntura política atual, pautada pelo conservadorismo, a retirada de direitos trabalhistas e previdenciários e, ainda, pelos ataques à liberdade de imprensa e, também, ao direito sindical”. Entretanto, lembra: “por outro lado, temos uma diretoria diversa, combativa e pronta para os desafios postos e os que ainda estão por vir”.

A nova direção do Sindicato dos Jornalistas ainda traz como marca a composição majoritária por mulheres: 57,5% do grupo é composto por elas. Para Silvio Queiroz, mais um doe três integrantes da Coordenação Geral, essa formatação caminha na lógica de que a mudança do mundo caminha junto com a mudança na vida das mulheres. “As mulheres são maioria na composição geral da chapa – o que espelha a realidade nas redações –, e também na coordenação-geral. Isso é especialmente importante para nós, é passar das palavras e intenções para passos concretos”, avalia.

Presente na solenidade de posse da nova diretoria do Sindicato dos Jornalistas, a deputada federal Érika Kokay (PT-DF) disse que, diante da atual conjuntura, “o Sindicato não é apenas o defensor dos direitos específicos de uma categoria, mas também sai na defesa de que a gente possa libertar o ser humano que existe dentro de cada trabalhador, para que nós possamos resgatar as nossas identidades, exercer a humanidade em tempos de crises ontológicas, onde nos tiram o direito de ser”. A parlamentar, que integra a Comissão e a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos, lembrou que, no último mês de setembro, em Genebra, na Suíça, durante missão oficial da Câmara dos Deputados, denunciou à Organização das Nações Unidas (ONU) violações aos direitos humanos no Brasil, entre eles à liberdade de expressão e ao direito à comunicação.

Também no contexto de garantia de direitos humanos, durante a solenidade de posse da nova direção do Sindicato dos Jornalistas, o representante da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-DF) Sionei Ricardo Leão sugeriu que a nova gestão do Sindicato realize o Premio de Jornalismo à Igualdade Racial. O projeto é antigo, mas ainda não saiu do papel.

Já o secretário-geral da CUT Brasília, Rodrigo Rodrigues, ressaltou a importância da realização da democratização da comunicação e do combate à desinformação para a formação de uma sociedade crítica e politicamente atuante, bem como para a defesa dos direitos trabalhistas. “O Sindicato dos Jornalistas tem uma importância estratégica para CUT. A conjuntura hoje e o governo que hoje se apresentam são resultado de um processo de desinformação intenso, que abala brutalmente a vida de cada trabalhadora e de cada trabalhador. Precisamos que vocês estejam junto conosco, nos pautando sobre o caminho da luta no campo da comunicação e também na pauta geral da classe trabalhadora”, disse ele ao novo grupo empossado.

Projeto de ação

A novo grupo de dirigentes do Sindicato dos Jornalistas, que durante a campanha eleitoral escolheu como nome da Chapa “Nossa Pauta, Nossa Luta – Em defesa das/os Jornalistas e da Democracia”, prevê no programa de ações não só a intensificação da luta pelos direitos trabalhistas, mas também o apoio a profissionais que enfrentam o desemprego e que precisam de formação para recolocação no mercado; a atenção para as condições de trabalho, qualidade de vida e saúde mental da categoria; a defesa do artigo constitucional 223, que determina a complementaridade dos sistemas de radiodifusão (privado, público e estatal), além de diversos outros pontos (Acesse aqui a íntegra das propostas).

A direção foi eleita para nova direção do Sindicato dos Jornalistas do DF e para o Clube da Imprensa com 97% dos votos. Ao todo, 246 jornalistas participaram do processo eleitoral, que foi de 18 a 20 de setembro. Desses, 239 votaram na chapa “Nossa Pauta, Nossa Luta”, com 6 votos em branco e 1 voto nulo.

Clique aqui para conhecer a nova diretoria https://nossapautanossaluta.wordpress.com/a-chapa/

 

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