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A pesquisa “O impacto da pandemia nos jornalistas do Distrito Federal”, elaborada pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal, apontou que 76,6% dos jornalistas entrevistados têm colegas que contraíram a Covid-19. Do universo analisado, 51,3% contaram conhecer jornalistas de outras empresas ou organizações que também foram contaminados e 51,9% relataram que colegas do mesmo local de trabalho, mas outras áreas, também foram infectados pelo coronavírus. Lembrando que as somatórias não atingem 100% pela possibilidade de mais de uma resposta.

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Conforme o levantamento, um em cada quatro jornalistas com atuação na capital do país já teve Covid-19. Outros 73,3% relataram não terem sido infectados ainda pelo coronavírus.

A pesquisa também mostrou como o medo de contrair a Covid-19 é uma realidade muito presente entre os profissionais da categoria no Distrito Federal. Entre os ouvidos, mais de 80% disseram ter muita preocupação com este risco.

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"A convivência diária com o risco de contágio passou a integrar o exercício da profissão de jornalista desde o decreto de 2020 que incluiu a imprensa entre os serviços essenciais, na pandemia", lembra o coordenador-geral do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF) Silvio Queiroz. "Temos colegas na cobertura de focos conhecidos de contaminação, como o Congresso. Temos colegas em trabalho presencial em local fechado, como acontece nos estúdios de TV."

Amostra ampla

O levantamento foi realizado pelo Sindicato dos Jornalistas, e participaram dele 154 profissionais de diferentes locais de trabalho, desde as principais redações da capital a associações diversas, além de jornalistas de órgãos públicos e autônomos.

Em alguns grupos de comunicações, jornalistas relataram que mais de 100 pessoas foram infectadas pelo coronavírus. Na Empresa Brasil de Comunicação, por exemplo, a última informação fornecida dava conta de 137 pessoas contaminadas. Em uma editoria, um jornalista relatou que seis colegas já haviam pegado Covid-19.

Em uma estação de rádio, 50% dos profissionais foram infectados. Em muitas respostas, jornalistas pontuaram a falta de transparência do empregador sobre o número de pessoas infectadas.

Dos consultados, quase 60% relataram estarem de trabalho presencial em algum grau, sendo 32,2% do total na modalidade totalmente presencial, 18,1% em revezamento e outros arranjos, como presencial em plantões ou em algumas ocasiões. Outros 40,9% estão em trabalho remoto.

Os tipos de revezamento variam. Conforme as respostas, foram adotados modelos como presença quando necessária, a depender da pauta, uma semana de trabalho e outras de remoto, dias alternados, quando há coletivas e outros.

Medidas

Entre os ouvidos, 26,7% consideraram as medidas de prevenção adotadas pelas empresas pouco adequadas, 35,5% adequadas, 28% muito adequadas e 6,7% nada adequadas. Entre os problemas registrados pelos jornalistas está a exposição desnecessária ao trabalho presencial quando ele poderia ser realizado de forma remota. Neste sentido, essa foi a principal demanda apresentada pelos jornalistas que responderam ao questionário.

Foram mencionados riscos relacionados ao local de trabalho especificamente, como na troca de plantão ou em momentos de maior concentração, quanto da sede onde ocorre o trabalho, como grandes instituições públicas a exemplo da Câmara dos Deputados. Em alguns veículos, há salas fechadas e em subsolos, o que aumenta o risco.

Os participantes do levantamento apontaram a falta de máscaras, de barreiras adicionais entre as mesas e de álcool em gel e sabonete tanto no local de trabalho em geral quanto para equipamentos compartilhados, além da ausência de equipamentos de proteção individual e de higienização adequada dos locais de trabalho e dos equipamentos.

Outras queixas disseram respeito ao trabalho na rua. Embora em alguns locais de trabalho tenham sido adotadas medidas de prevenção consideradas adequadas, ao ir para a cobertura das pautas essas medidas não estão sendo tomadas, como em coletivas onde há diversos exemplos de aglomeração e falta de distanciamento.

Profissionais reclamaram também da conduta dos próprios trabalhadores, que em muitos casos permanecem sem máscaras. Sobre os materiais disponibilizados, 68% disseram ter acesso a álcool em gel 43,3% a máscaras de tecido, 22% a máscaras descartáveis, 21,% a máscaras N95.

Vacinação

Muitos participantes pontuaram o desejo de serem vacinados. O SJPDF oficiou o Governo do Distrito Federal e autoridades para a inclusão dos jornalistas e trabalhadores da comunicação nos grupos prioritários como trabalhadores que estão desenvolvendo serviços definidos pela legislação como essenciais.  "O Sindicato dos Jornalistas do DF, com o dos Radialistas, enviou pedido ao GDF para que inclua ambas as categorias entre as prioridades no programa de vacinação", diz o coordenador-geral do SJPDF. "Mas reforçamos a cobrança de eficiência e empenho das autoridades para conseguir as doses necessárias para a imunização do DF, sem depender apenas da gestão caótica do governo federal."

Amostra

Do universo de ouvidos, 65,7% se declararam mulheres cis, 32,2% homens cis e 2,1% disseram se enquadrar na categoria outros. Já no tocante à cor e raça, 52,1% se declararam brancos, 29,5% pardos e 15,8% pretos.

 

Foto: Agência Brasil

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