A Campanha Salarial dos jornalistas de Brasília teve início com a realização da assembleia no dia 2 de março. No encontro, os jornalistas definiram a nova pauta de reivindicações para a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2020/2021, a ser negociada com o sindicato patronal.

Os trabalhadores defendem um reajuste salarial do índice do INPC acumulado entre abril de 2019 e março 2020 mais a correção das perdas salariais de 4,2% relativo aos últimos cinco anos. Para o piso salarial, foi definida a proposta de R$ 3.000,00, garantindo um reajuste de cerca de 10% do atual piso - que hoje está em R$ 2.715,00.

Para as cláusulas de participação nos resultados (PPR) e o abono (para organizações sem fins lucrativos), a proposta é de 45% da remuneração dos jornalistas, com piso em R$ 2.000,00 e teto de R$ 2.400,00. Os jornalistas ainda defendem: auxílio creche de R$ 600,00 (hoje é de R$ 480,00) - sendo estendido para os jornalistas homens - e auxílio alimentação de R$ 400,00 (atualmente é R$ 320,00) com reajuste do índice de correção para quem recebe acima do piso.

Nas cláusulas sociais, o destaque é a defesa da licença maternidade de 180 dias para mães e 20 dias para os pais. Os jornalistas ainda defendem a limitação em 45 horas de compensação das horas extras por mês. Além de um novo texto para garantir os direitos aos pais adotantes.

Outras cláusulas colocadas defendem ações contra os assédios moral e sexual, racismo, lgbtfobia, abusos de poder e danos morais nos locais de trabalho. O Sindicato também vai defender uma proposta de garantia de emprego, prevendo multas adicionais em caso de demissão. Uma nova proposta sobre a regulamentação dos estágios também foi elaborada pela assembleia.

Foi ainda aprovada uma cláusula na CCT prevendo a cota negocial para custeio sindical para todos jornalistas no valor de 50% de um dia de trabalho. O Sindicato dos Jornalistas do DF já solicitou ao sindicato patronal o início das negociações.

Confira aqui a pauta completa dos Jornalistas