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Uma pesquisa realizada pelo Sindicato dos Jornalistas Profissional do Distrito Federal (SJPDF) revelou que jornalistas estão com sobrecarga de trabalho e têm apresentado sintomas de estresse, ansiedade, depressão durante a pandemia da Covid-19.

A pesquisa, realizada entre 2 de junho a 10 de julho, teve como objetivo traçar um panorama das condições de trabalho de jornalistas, repórteres fotográficos e cinematográficos com base nas informações sobre demissões, redução salarial, aumento de jornada, sobrecarga de tarefas. E, ainda, dados sobre a realidade de trabalho remoto, presencial ou remoto e presencial durante esse período de combate ao novo coronavírus.

Dos jornalistas que responderam a pesquisa, 45,6% dos profissionais estão contratados com carteira de trabalho, 23,1% são Pessoa Jurídica, 18,4% são servidores públicos e 6,1% estavam desempregados antes da pandemia.

Demissões

Cerca de 30% dos profissionais afirmaram ter conhecimento de demissões, na empresa em que trabalham, durante a pandemia da Covid-19 e 19,7% não souberam informar. Ainda, 4,8% dos respondentes foram demitidos na pandemia. Já 27,2% dos entrevistados afirmaram que ocorreu redução salarial e/ou jornada. Para 14,3% houve redução de salário e jornada e 12,9% apenas a redução salarial.

A maior parte dos trabalhadores que participaram da pesquisa (59,2%) estava em trabalho remoto durante o período em que o levantamento foi feito, seguido dos que estão em remoto e presencial (26,5%) e os que estão trabalhando totalmente presencial (14,3%).

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O sindicato também quis saber quais medidas mínimas adotadas pelos empregadores para prevenir, controlar e mitigar riscos de transmissão da Covid-19 no ambiente de trabalho: 61,9% afirmaram receber do empregador com frequência Equipamentos de Proteção Individual (EPI), como máscaras e álcool em gel. Entretanto, ainda há um percentual considerado elevado de casos em que funcionários recebem materiais ocasionalmente (23,8%) e aqueles que nunca receberam (14,3%).

Já em relação à distância adequada entre os trabalhadores e se há circulação de ar nos ambientes, 30% relataram ter que trabalhar em salas pequenas, mesas próximas e sem ventilação.

Com relação às demandas de quem trabalha presencialmente, 90,5% responderam que houve aumento de demanda em suas rotinas de trabalho. 42,9% tiveram um aumento de até 50%; 47,6% a demanda aumentou mais de 50%.

Outro dado relevante é que 100% dos respondentes que estão em trabalho presencial apresentaram sintomas de estresse, ansiedade, depressão nos últimos três meses, sendo que 33,3% afirmaram que estes sintomas ocorrem frequentemente.

Trabalho remoto

Dos quase 60% dos profissionais que estão em trabalho remoto, 52,8% não receberam equipamento para trabalho pela empresa, e apenas 49,1% cumprem uma jornada de trabalho diária de até 7h. Mais de 50% relataram sobrecarga de trabalho. 37,1% com aumento de até 50% nas demandas e 19%, com aumento de mais de 50% nas demandas. Assim como os trabalhadores em modo presencial, a maior parte dos profissionais em trabalho remoto (94,3%) relataram estresse, ansiedade, depressão nos últimos meses.

Pesquisa

A pesquisa realizada pelo SJPDF envolveu 147 profissionais que responderam sobre suas condições de trabalho. Embora o levantamento foque os quem atuam no Distrito Federal, o formulário foi respondido também por 16 jornalistas de outros estados.

Os dados mostram que dos jornalistas que responderam à pesquisa, 66,7% são mulheres e 29,3% são homens, todos cisgêneros (indivíduos que se identificam com o sexo biológico com o qual nasceu). 54,1% dos jornalistas se autodeclaram brancos; 31,5% pardos; 11% pretos. Com relação à faixa etária, 54,4% dos jornalistas têm entre 20 e 35 anos; 32% entre 36 e 45 anos, 9,5% entre 46 e 55 anos.

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