O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal celebra a decisão do governo Lula de retirar a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) do Plano Nacional de Desestatização.
O despacho do presidente Lula que solicita estudos e medidas nesse sentido foi uma das primeiras medidas do governo. Esse encaminhamento é fruto da luta dos trabalhadores, sindicatos e movimentos sociais, que durante seis anos, desde o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, fizeram uma árdua luta contra o desmonte, a censura e a tentativa de privatização da EBC.
A luta pela comunicação pública contou com a participação do SJPDF e de outros sindicatos e entidades que integram a Frente em Defesa da EBC e da Comunicação Pública. Foram dezenas de atos, audiências públicas, ações judiciais e denúncias feitas em instituições nacionais e internacionais. Também através das redes sociais do movimento #FicaEBC, artistas, intelectuais, ativistas e os muitos telespectadores, leitores e ouvintes dos veículos da EBC se colocaram contra as ameaças de privatização da empresa e saíram em defesa do projeto de comunicação pública brasileiro.
A batalha contra a privatização também norteou a mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras, que em 2021 chegaram a fazer uma greve histórica de 19 dias. Em 2022, participamos do seminário de Reconstrói a EBC, gestado no processo do Fórum Social Mundial, que produziu um dos documentos mais robustos com propostas para a reconstrução da empresa.
Esse documento foi apresentado no grupo de trabalho do governo de transição por representantes da frente e também pela diretora do SJPDF, Juliana Cézar Nunes, integrante do grupo de transição da Comunicação Social.
Soma-se a isso, a árdua luta dos trabalhadores contra a censura, perseguição e violência cometida pela direção da EBC. Em outubro, os trabalhadores já haviam recebido um reconhecimento do Prêmio Vladimir Herzog pela resistência durante o período do bolsonarismo.
Continuaremos a luta diária pela comunicação pública, um direito constitucional, pela valorização dos trabalhadores e por uma gestão participativa, com espaço para a diversidade de vozes e a inovação no jornalismo e na programação.