A decisão ocorreu após a pressão dos trabalhadores e das entidades, que soltaram uma carta pública (veja aqui) e realizaram um ato nessa quinta-feira (19).
Depois de duas negativas, durante o último mês, para marcar a primeira reunião de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho 2017/2018 com os Sindicatos dos Jornalistas e Radialistas do DF, RJ, SP e MA, EBC recua e agenda a primeira mesa de discussões para a próxima segunda-feira, 23/10. A decisão ocorreu após a pressão dos trabalhadores e das entidades, que soltaram uma carta pública (veja aqui) e realizaram um ato nessa quinta-feira (19).
Com a pressão dos trabalhadores, a empresa voltou atrás e anunciou o convite para a primeira mesa de negociação, na manhã de ontem (19). Mesmo assim, os atos agendados em todo país foram mantidos, mobilizando os trabalhadores na defesa da nova pauta para o ACT.
Em Brasília, o ato ocorreu em frente à sede da empresa, com a participação de cerca de cem pessoas. Os empregados questionaram a tática da direção da EBC de protelar o acordo e ressaltaram a necessidade de se mobilizar para garantir a data-base em 1º de novembro.
"A EBC não vai intimidar os trabalhadores. Vamos mostrar mais uma vez que jornalistas e radialistas estão unidos por valorização profissional e em defesa da comunicação pública", afirma Gésio Passos, da coordenação do SJPDF.
Saiba mais sobre a proposta dos empregados
As cláusulas do ACT foram debatidas pelos trabalhadores em assembleia realizada nos dias 6, 13 e 15 de setembro. Entre as propostas, se destaca um reajuste de 6,5% para os salários, compensando a inflação e as perdas salariais dos últimos dois anos, além de um reajuste nos benefícios entre 6,5 e 10%. Também foi aprovado um piso mínimo para os empregados de nível médio e técnico de 3 mil reais.
Os trabalhadores ainda pedem que as funções comissionadas na empresa só sejam ocupadas por empregados do quadro efetivo, além da diminuição da função em 30% para redução das disparidades. A proposta manteve a atual versão da cláusula sobre horas extras, garantindo ao empregado à escolha de compensação em folga ou em dinheiro, mas aumentou o valor da hora-extra para 70% da normal.
Outra proposta é a de preservação do quadro efetivo da empresa, evitando a terceirização de funções desempenhada pelos empregados do quadro. A proposta também prevê uma compensação dos atrasos da jornada em 90 dias e a redução da carga horária dos empregados de jornada de 40 horas para 35 horas semanais.