No último dia 26/6, o Sindicato das Empresas de Televisão, Rádios, Revistas e Jornais do DF apresentou uma nova proposta para avaliação dos jornalistas de Convenção Coletiva de Trabalho. Infelizmente, o texto apresentado pelo sindicato patronal ainda está aquém do que o SJPDF entende como aceitável. O Sindicato convoca os jornalistas para nova assembleia para avaliar a proposta patronal, podendo discutir uma nova contraproposta, no próximo dia 4/7, quinta-feira, às 19h30 horas em primeira chamada e 20h em segunda.
O Sindicato dos Jornalistas do DF apresentou a última proposta da categoria no dia 6/5 e desde 22/5 vem negociando com os patrões. Na nova proposta, as empresas acabaram cedendo em parte das “maldades” colocadas na mesa de negociação, mas continuam inflexíveis em questões importantes para os jornalistas.
A proposta patronal apresentada no dia 26/6 prevê:
- Reajuste de 3% sobre os salários na assinatura do acordo, sendo o pagamento retroativo em 3 parcelas (jul/ago/set);
- Reajuste complementar no salário de 1,67% a ser pago em dezembro/19 sem retroativo;
- Reajuste do piso salarial de 4,67% na assinatura do acordo, sendo o pagamento retroativo realizado em 3 parcelas;
- PPR/Abono: 35% do salário-base com piso de R$825,00 e
teto de R$950,00, pagos em parcela única até 31/11/19;
- Fim do limite de compensação de horas extras de 30 horas por mês;
- Reajuste no auxílio alimentação para R$ 320,00 (6,66%) a partir do mês de dezembro/19 sem retroativo;
- Reajuste no auxílio creche para R$480,00 (4,347%);
- Reajuste no seguro de vida de 4,67%.
Avaliação da proposta
A assembleia dos jornalistas, no dia 10/5, havia apresentado uma proposta de reajuste de 5,5% nos salários e no piso, um reajuste de R$ 550,00 no auxílio creche e de R$ 360,00 no auxílio alimentação. Para o PPR/Abono, os jornalistas pediram um piso de R$2200,00 e um teto de R$2600,00.
A avaliação da diretoria do SJPDF é que o parcelamento do reajuste salarial inflacionário, sem retroativo, é prejudicial para a categoria. Além disso, os valores apresentados para o PPR/Abono foram muito baixos, cerca de metade dos valores de 2018. O Sindicato também avalia que a proposta de fim do limite de compensação de horas extras fará com que as empresas nunca mais paguem horas extras aos jornalistas.
Patrões ignoraram novas cláusulas sociais dos jornalistas
O Sindicato Patronal também não acatou nenhuma das cláusulas sociais novas apresentadas pelos jornalistas. Entre elas, está a reivindicação da licença maternidade de seis meses e de paternidade de 30 dias, além de propostas para garantia do emprego dos jornalistas, de combate aos assédios moral e sexual, machismo, racismo, lgbtfobia e abusos de poder e uma cláusula com multa de descumprimento do acordo, além de uma nova redação para cláusula assistencial conforme orientação do Tribunal Superior do Trabalho.