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Publicado em Quarta, 25 Setembro 2019 17:13
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Nos últimos três anos, a crise econômica e as decisões das administrações de veículos de mídia resultaram em prejuízos grandes a seus trabalhadores, como ondas de demissões, atrasos de obrigações trabalhistas e desmonte das redações. A direção do SJPDF atuou fortemente nesses casos, atuando a partir do diálogo com os profissionais em cada local de trabalho. 

Essa crise, que afetou especialmente os veículos impressos na capital federal, foi uma das grandes preocupações da gestão. No Correio Braziliense, essa luta conjunta já dura mais de cinco anos envolvendo problemas como demissões, atrasos nos salários e benefícios (como auxílio-alimentação), demora no pagamento de férias, não depósito do FGTS e problema na quitação dos contratos de freelancers.

Na gestão que se encerra foram realizadas várias ações, como protestos em frente ao jornal, manifestações públicas de repúdio, reuniões com a diretoria e mobilizações. Um exemplo foi aprovação em 2019, após diversas assembleias e falta de retorno pela direção do veículo, do estado de greve.

Uma importante iniciativa da gestão foi da ação coletiva sobre o atraso de depósito do FGTS. No mês de junho de 2019, a Justiça decidiu que todos os empregados podem executar o jornal para recebimento do FGTS caso a empresa não apresente a regularização dentro de 60 dias. Quem foi dispensado desde março de 2014 deve procurar o Sindicato.

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Greve no Jornal de Brasília

Assim como o Correio Braziliense, o Jornal de Brasília também foi palco de duros golpes contra os trabalhadores. Ao longo dos três anos de mandato, a diretoria do SJPDF teve que fazer diversas cobranças e negociações para garantir direitos básicos, como pagamento de salários e obrigações trabalhistas.

Em janeiro de 2019, os jornalistas deflagararam greve por falta de pagamento em dia dos salários. Antes do movimento paredista, os trabalhadores e o Sindicato buscaram manter diálogo com a direção do veículo para regularização da obrigação, mas o Jornal não cumpriu com os prazos estabelecidos. Após dias de paralisação, o pagamento foi encaminhado.

Em fevereiro, a empresa anunciou um Programa de Demissão Voluntária (PDV) sem garantias mínimas dos direitos dos jornalistas. A diretoria e o jurídico do SJPDF apresentaram para a empresa uma contraproposta que garantia o pagamento da multa de 40% do FGTS e a redução do números de parcelas para a quitação das verbas rescisórias.

O Sindicato levou a denúncia das irregularidades ao Ministério Público do Trabalho, que abriu inquérito para analisar o episódio. Após a realização do PDV, o JBr passou a circular com a contratação irregular de jornalistas. Diante das pressões do SJPDF, o jornal voltou a regularizar a forma de contratação.

Desmonte das sucursais

Nos últimos anos, veículos tradicionais desmontaram suas sucursais na capital. Em 2019, a revista IstoÉ acabou com o escritório em Brasília, demitindo todos os profissionais. O SJPDF repudiou a decisão e o descaso da direção da Editora Três, responsável pelo título, com os seus trabalhadores. O Sindicato reafirmou o seu compromisso com os jornalistas demitidos acionando o seu jurídico para fazer os cálculos das rescisões e tomar todas as medidas cabíveis para garantir os direitos dos profissionais. O fechamento da sucursal foi mais um triste capítulo da crise administrativa das empresas jornalísticas brasileiras, mas esta não pode servir de argumento para demissões e retirada de direitos dos trabalhadores.

Ainda em 2019, uma nova sucursal entrou na mira, agora a da emissora de TV CNT. A empresa informou que fecharia as portas, decisão assustou os trabalhadores, já que a firma havia feito investimentos na infraestrutura e na equipe de Brasília no começo de 2019. Em julho, o SJPDF solicitou ao Ministério Público do Trabalho uma apuração em relação às demissões em massa e fechamento da sucursal. A entidade requereu também uma reunião com a direção da emissora para discutir a questão, o que foi negado. No momento das eleições, a direção do Sindicato ainda aguardava o agendamento de audiência no MPT para garantir que os direitos dos trabalhadores possam ser respeitados.

Assédio na TV Brasília

Em abril de 2018, o SJPDF tornou público os atos de assédio moral e as ameaças constrangedoras contra os trabalhadores da TV Brasília, cometidas por um diretor da empresa. As denúncias apontavam que os abusos já vinham de anos. Muitos não aguentaram o clima de assédio constante e acabaram pedindo demissão da empresa. O Sindicato exigiu imediata eliminação das práticas e retratação pela direção da TV. A área jurídica da entidade foi acionada para avaliar as medidas judiciais cabíveis com vistas a proteger os trabalhadores contra qualquer tipo de assédio. A empresa se negou a reunir com os dirigentes sindicais, mas a denúncia deixou claro que novos atos não serão tolerados. A atuação fez parte da “Campanha contra o assédio moral”, iniciativa que incentivou os jornalistas a denunciarem casos assim e abriu canais de denúncia, como a Ouvidoria.

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