A diretoria do Sindicato dos Jornalistas do DF acaba de apurar os votos da primeira consulta às redações da data-base deste ano, que foi realizada de segunda a quarta-feira desta semana. Na votação, os jornalistas tiveram a oportunidade de escolher entre a segunda proposta patronal e a terceira proposta dos trabalhadores. A votação atingiu um número total de 286 jornalistas. Destes 226 (79%) votaram contra a proposta dos patrões e 60 (21%) a favor.

Na próxima sexta-feira, 19/4, a diretoria do SJPDF irá apresentar a nova proposta dos trabalhadores em mais uma mesa de negociação com o Sindicato das Empresas de Televisão, Rádios, Revistas e Jornais do DF (Sinterj/DF). Nesta proposta, os trabalhadores abaixaram o reajuste salarial para 10,22 (INPC de 7,22 + 3% de ganho real), contra 13% previstos na pauta inicial. O valor do auxílio-alimentação também foi reduzido para R$ 18, contra R$ 20 na proposta inicial. Mas mantiveram o aumento de 35% para 42% no percentual do salário nominal da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e os reajustes de 13% no auxílio-creche e seguro de vida (veja o quadro com as propostas dos patrões e dos jornalistas abaixo).

Segundo Wanderlei Pozzembom, vice-presidente do SJPDF, a última proposta patronal deixa de fora vários itens da pauta de reivindicações dos jornalistas. “O resultado das urnas mostram o descontentamento dos trabalhadores com a proposta patronal. Acredito que a maioria dos jornalistas foi contra os patrões por dois motivos: o ganho real e o não reajuste do tíquete alimentação”, afirmou.

Na avaliação de Jonas Valente, secretário-geral do Sindicato, esse tipo de negativa faz avançar a negociação. "Para além da posição dos diretores que participam das mesas, a posição expressada na consulta mostra às empresas que é preciso avançar. Por isso essa votação é importante", comenta. 

Na próxima segunda-feira, 22/4, às 12h30, o SJPDF fará uma nova assembleia no auditório da sua sede para avaliar a nova proposta dos patrões que deverá ser apresentada na mesa de negociação de sexta-feira.

Confira a proposta da categoria e a contraproposta dos patrões