Vai depender do engajamento dos colegas, em especial nas grandes redações, o avanço nas negociações com o sindicato patronal para arrancarmos um reajuste digno e capaz de repor ao menos parte das perdas acumuladas pelos nossos salários nos últimos anos.
Em assembleia, a categoria rejeitou a resposta do Sinterj à nossa pauta, uma oferta que sequer previa a reposição da inflação anual: 3,5% de reajuste, para uma inflação de 4,36%. Nada quanto aos 7,13% relativos às perdas de 2020 e 2021.
Mais grave: os patrões não aceitam NENHUM REAJUSTE para o auxílio-creche e o auxílio-alimentação - este último, atualmente, com um valor mínimo de meros R$ 390!
Como contraproposta, a assembleia aprovou:
1) a manutenção da exigência da inflação anual (4,36%) para reajuste imediato;
2) a negociação de prazo/parcelamento para a aplicação dos 7,13% relativos às perdas de 2020 e 2021;
3) a exigência de reajuste do ticket e do auxílio creche nos mesmos moldes propostos para os salários (itens 1 e 2)
4) a manutenção das mudanças propostas nas cláusulas socias da Convenção Coletiva, com ênfase na homologação de demissões em presença de representante do nosso sindicato.
A primeira resposta dos patrões, negando até mesmo a reposição de uma inflação inferior a 5%, é sinal claro de que apenas a pressão ativa das e dos jornalistas pode abrir caminho para um acordo que recupere o poder de compra dos nossos salários.
O Sindicato aguarda a resposta do Sinterj, com nova rodada de negociação marcada para 30/5. Até lá, vamos voltar às redações para informar sobre o andamento da campanha e chamar os colegas à luta pela nossa dignidade profissional.