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O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal foi criado há 50 anos e o primeiro presidente eleito para dirigir a entidade foi Aristeu Aquides. Três meses depois de ser escolhido, devido ao Golpe de 64, ele estava preso e seu mandato sindical foi cassado. Em seguida, ele indicou o nome de Arnaldo Ramos que assumiu a presidência até 1967, quando foi banido. Arnaldo foi o responsável por conseguir as sedes do Sindicato e do Clube da Imprensa.

A entidade esteve, juntamente com outras instituições da sociedade civil, à frente da luta pela redemocratização do país no final dos anos 70 e início dos anos 80, funcionando como uma espécie de base avançada contra a ditadura e influenciando na nova proposta política para o Brasil.

A Era Castelinho

A eleição de Carlos Castello Branco, o Castelinho, para presidente do Sindicato foi fundamental para a entidade ganhar vida, força política e se tornar, em plena ditadura militar, uma instituição combativa, respeitada e participativa. Na época, Castelinho resistiu se candidatar, mas com ajuda de Pompeu de Souza, editor da Veja e senador de Brasília, ele acabou se convencendo de que tinha um papel a cumprir dentro do Sindicato. A sua candidatura oportunizou que jovens jornalistas de oposição à ditadura conquistassem o Sindicato. Entre eles estavam Hélio Doyle, Carlos Marques, Oswaldo Morgado e Armando Rollemberg.

Assembleia Constituinte

O Sindicato dos Jornalistas também se posicionou na vanguarda do movimento da Constituinte, juntamente com outras categorias. Em 1986, a entidade organizou um Encontro Nacional de Jornalistas preparatório para a Constituinte. A categoria foi uma das primeiras a discutir a Constituinte e se preparar para ela, tanto que este Encontro Nacional foram aprovadas teses avançadíssimas.

A importância estratégica do Boldo

Na parte de trás do Sindicato tinha um bar que se chamava Boldo. O local era um ponto de encontro dos jornalistas que se distraiam e discutiam sobre os temas cotidianos. Era no Boldo que os jornalistas tiravam a tensão da atividade diária que desenvolviam na redação. Várias edições de jornais foram finalizadas no bar, considerado por muitos como uma extensão do Sindicato dos Jornalistas. Em época das assembleias que contavam com cerca de 300 jornalistas, o Boldo era frequentado antes e depois das reuniões.

Clube da Imprensa e Pacotão

O Clube da Imprensa além de espaço de convivência também virou espaço de resistência. Palestras, exibições de filmes, reuniões do Comitê de Anistia aconteciam no Clube. Foi lá também que surgiu o bloco carnavalesco Pacotão. O Pacotão foi uma tentativa de criar o carnaval de rua de Brasília e, por outro lado, era um movimento de protesto.

 

Presidências do SJPDF

Depois de Castelinho, o jornalista Hélio Doyle foi presidente do Sindicato por duas gestões, seguido de Carlos Max, Bartolomeu, Chico Sant´anna. A primeira e única mulher eleita a presidenta foi Jacira da Silva. Ela esteve no Sindicato entre os anos de 1995 e 1998, buscando dar a diversidade dentro da entidade. Confira aqui as diretorias anteriores do SJPDF

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