O caso da empresa Plano Brasília foi um dos grandes desafios enfrentados pela gestão do SJPDF. A Plano responde a mais de 25 processos trabalhistas por não pagar os funcionários e/ou por praticar assédio moral contra os profissionais, entre outros desrespeitos.
Desde 2011, o SJPDF encabeçou pelo menos dez ações contra a empresa, todas elas de reclamações sobre atrasos e não pagamentos de salários, além de não fornecimento de plano de saúde e suspeita de não recolhimento do INSS e FGTS.
Em setembro de 2011, o SJPDF entrou com a primeira liminar, na qual solicitava o bloqueio de R$ 100 mil para pagar os salários atrasados dos funcionários. A juíza entendeu que a entidade não tinha o direito de fazer tal solicitação. O Sindicato recorreu à segunda instância e ganhou. A Plano Brasília, por sua vez, recorreu novamente. Agora, a questão será retomada pela Justiça e há grandes chances de ocorrer o bloqueio.
Em 2012, o Sindicato também promoveu reuniões com ex-funcionários da Plano para entender melhor todos os abusos sofridos e reunir informações específicas sobre cada caso. Outra atividade desenvolvida foi a denúncia nos canais de comunicação do Sindicato sobre os calotes que a Plano Brasília costuma efetuar contra os empregados.
“Além de prevenir a categoria sobre as fraudes que a empresa aplica nos funcionários, o SJPDF cuidou criteriosamente de cada caso. Ainda temos casos não resolvidos e acordos feitos pela empresa não cumpridos. Vale ressaltar que nenhuma promessa da Plano foi exercida. Tudo que conseguimos foi na justiça e não em negociações”, afirma Wanderlei Pozzembom, vice-presidente do SJPDF
Entenda mais os desrespeitos da empresa
A história dos problemas enfrentados pelos funcionários que passam pela Plano Brasília é bem parecida. A empresa contrata um grupo de trabalhadores e paga o primeiro salário, depois a metade do segundo salário e começa alegar que está com problemas financeiros de repasse. Alguns jornalistas chegaram a trabalhar três ou quatro meses sem receber.
Após tudo isso, a Plano Brasília contrata uma nova equipe e alega que os jornalistas que trabalharam para a empresa anteriormente não têm caráter ou não são profissionais, de forma a denegrir a imagem dos antigos empregados. O resultado é que vários jornalistas enfrentam uma situação bem semelhante de desrespeito trabalhista e ficam sem receber salários e rescisões contratuais.