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Publicado em Quarta, 29 Maio 2013 17:12
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Após três dias de consulta, os jornalistas aprovaram proposta conjunta da diretoria do Sinterj e do SJPDF levada à consulta nas redações do DF. De 371 jornalistas, 291 (92%) foram a favor do acordo e 26 (8%) votaram contra a proposta. Com isso, foi encerrada a negociação da data-base 2013. 

Pela proposta, os jornalistas de veículos que seguem a Convenção Coletiva irão obter um reajuste salarial de 7,22% (o INPC). Se não foi possível chegar a um ganho real neste ano, em outras cláusulas houve avanço. A Participação nos Lucros e Resultados (também conhecida como abono) ficou em 35% do salário-base (o de 5 horas), com o piso chegando a R$ 1.400,00 (+16,6%) e o teto a R$ 2.000,00 (+11,1%). O auxílio-creche terá aumento de 13%, indo para R$ 339,00 por filho, conforme pauta de reivindicação inicial da categoria.

Será definido agora como os trabalhadores irão receber o reajuste retroativo e o PLR, o que deve ocorrer a partir de julho uma vez que a folha de junho já fechou. A forma de pagamento e o número de parcelas serão informados à categoria posteriormente.

Limite

A negociação da Data-Base 2013 contou com várias rodadas entre o SJPDF e o Sindicato das Empresas de Televisões, Rádios, Revistas e Jornais do Distrito Federal (Sinterj-DF). Depois de mais de dois meses e muitos tensionamentos, em especial em relação à importância do ganho real e da consignação de um valor para o tíquete-alimentação, as partes resolveram fechar uma proposta conjunta. 

Essa opção da diretoria do SJPDF levou em conta um limite das empresas e um clima em parte da categoria, que sinalizava disposição para o fechamento  antes do que ocorrera em 2012. Ao final, foi possível uma ampliação importante no PLR e o atendimento ao pleito inicial para o auxílio-creche e para o seguro de vida.

Para Leonor Costa, 1ª Tesoureira do SJPDF, o resultado ainda está distante do que foi pleiteado pela categoria. “O índice ficou limitado ao INPC, mas essa foi a proposta possível de fechar, diante da postura dos patrões de não querer avançar na negociação do reajuste salarial. A diretoria do sindicato cumpriu o seu papel, mantendo a pressão e cobrando, em todas as rodadas, que fosse garantido algum ganho real e outras reivindicações importantes para a categoria”, afirmou Costa.

Wanderlei Pozzembom, vice-presidente do SJPDF, lembra que os patrões sempre querem levar vantagem. “Na negociação deste ano, a Sinterj não queria fechar em cima do índice do INPC, que neste ano atingiu 7,22%, porque o IPCA foi menor, de 6,49%. Até nisso eles quiseram levar vantagem”, disse Pozzembom.

Tíquete alimentação

Outro quesito que foi ponto de muita divergência durante a negociação foi o tíquete alimentação. A proposta da categoria era estipular que este benefício constasse no Acordo Coletivo e que atendesse um valor mínimo de R$ 20,00 por dia. Os patrões se recusaram a dar prioridade ao assunto.

"Há itens em que a negociação coletiva com os patrões tem se mostrado um caminho ineficiente e o principal exemplo disso é o Auxílio Alimentação, tema em que os patrões não se entendem sequer entre si, em razão de realidades muito dispares entre as empresas. O impasse nos aponta um caminho de negociações empresa por empresa, com maior mobilização dos respectivos trabalhadores, incluindo instrumentos mais duros de pressão, incluindo paralisações", ressaltou Lincoln Macário, presidente do SJPDF.

Ampliar a mobilização

Para o secretário-geral do SJPDF, Jonas Valente, um caminho para avançar no próximo ano é ampliar as mobilizações. "Foi possível perceber que parte da categoria tinha disposição para fechar mais cedo neste ano. Mas em 2014, quando a íntegra da Convenção será negociada, vamos ter que atuar conjuntamente, Sindicato e jornalistas, para ir muito além do que fomos neste ano", defende.

Conheça abaixo a proposta final:

 

Proposta Conjunta – Laboral e Patronal

Reajuste salarial

7,22%

Participação nos Lucros e Resultados (PLR)

35% do salário-base de 5 horas, com teto de R$ 2.000,00(aumento de 11,1%) e mínimo de R$ 1.400,00 (aumento 16,6%).

Auxílio-alimentação


Mantida a cláusula atual que assegura o Programa de Alimentação do Trabalhador para quem recebe até 12 salários mínimos

Auxílio-creche

R$ 339,00 por filho (aumento de 13%)

Seguro de Vida

R$ 11.300,00 acidental (aumento de 13%) e R$ 6.780,00 morte natural ou invalidez permanente (aumento de 13%)

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