A gestão 2016-2019 do Sindicato dos Jornalistas enfrentou uma grande perseguição a seus diretores nos locais de trabalho. Durante o mandato, três diretores foram demitidos e mais dois diretores perseguidos por seus empregadores.
Como intimidação, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) perseguiu um dos coordenadores gerais do SJPDF, Gésio Passos, por sua atuação em defesa da EBC e do combate ao assédio moral no ambiente de trabalho. Durante a greve dos trabalhadores da empresa pública de 2017, a EBC abriu uma sindicância contra Gésio por ele ter coibido o comportamento assedioso de um chefe da Agência Brasil. O resultado foi a punição do dirigente e a inocência do assediador. O Sindicato recorre na justiça do ato.
Dois outros casos marcaram a gestão em relação aos diretores que lutaram pela adequação da jornada em assessorias de imprensa. Na Embrapa, a mobilização e as vitórias do Sindicato causaram bastante incômodo. Por essa e outras lutas, a empresa pública intensificou o assédio e perseguição aos dirigentes sindicais, entre eles o diretor do SJPDF, Roberto Penteado.
Os casos de assédio e prática antissindical foram debatidos em audiências públicas no Congresso Nacional, bem como objeto de denúncia junto ao Ministério Público do Trabalho.
Outro caso foi a demissão da diretora da Sindicato, Luciana Castro, que atuava na assessoria da Fasubra - Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil. A entidade foi condenada em primeira instância, em agosto de 2019, pelo TRT a indenizar Luciana, por assédio e dano moral, além de pagamento retroativo da carga horária acima das 5 horas regulamentar da profissão de jornalista.
A prática de assédio dos diretores da Fasubra incorreu após o pedido da jornalista de regularização da sua jornada conforme define a legislação trabalhista. “Verifica-se que a reclamante foi publicamente hostilizada pelos superiores hierárquicos pelo fato de haver requerido a adequação de sua jornada de trabalho por exercer a função de jornalista, restando caracterizado o assédio moral por infringência da honra, imagem e liberdade de ação da trabalhadora, o que deve ser reparado”, afirmou na sentença o juiz Luiz Fausto Marinho de Medeiros. Ainda cabe recurso da decisão.
Também diretor do Sindicato, Ricardo Mignone foi demitido do Jornal de Brasília durante o mandato sindical. Já Alan Marques, que depois renunciou ao seu cargo na diretoria do SJPDF, foi desligado do jornal Folha de S. Paulo durante a gestão.