O Sindicato de Jornalistas Profissionais do Distrito Federal lembra, na data que marca os 59 anos do golpe militar (31.3.23), o quanto a democracia e a liberdade são vitais para o exercício da nossa profissão, com fidelidade ao compromisso de informar a sociedade.
Sob o regime militar, instalado em nosso país em 1964, não apenas publicações foram censuradas e as liberdades cerceadas. Milhares de pessoas foram perseguidas, presas e torturadas. Muitas foram mortas. Vários de nossos colegas, jornalistas, estiveram entre aqueles e aquelas que lutaram bravamente contra o regime militar autoritário.
Foi justamente o assassinato, sob tortura, do jornalista Vladimir Herzog, no sinistro DOI-Codi em São Paulo, em 1975, que motivou a primeira grande manifestação pública de repúdio à ditadura, desde a decretação do AI-5, em dezembro de 1968.
Então, como agora, a luta pela democracia e pela liberdade de ideia, expressão e imprensa estavam no centro da nossa pauta. E, assim continuarão.
Com a eleição do novo governo, iniciamos uma nova jornada na superação do autoritarismo e ameaça golpista que ocupou o Planalto nos últimos seis anos. No entanto, é imprescindível seguir, na defesa intransigente da Democracia e do livre exercício da nossa profissão, atacados pela ditadura e, recentemente, outra vez ameaçados pelo governo de extrema-direita e seus apoiadores.
Nesta data, o SJPDF reafirma o compromisso dos e das jornalistas com a liberdade e com a luta por verdade, justiça e reparação.
Seguiremos atentos e fortes, na defesa de uma sociedade livre de opressões.
Ditadura nunca mais! Sem anistia!