Começaram as negociações para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos e das jornalistas do Distrito Federal, com o reajuste de salários e de benefícios no centro do debate.
Mas, embora tenha recebido há um mês a pauta aprovada em assembleia por trabalhadores e trabalhadoras da categoria, o sindicato patronal (Sinterj) não tinha resposta às reivindicações em reunião de negociação na última semana de abril.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do DF (SJPDF) aguarda a contraproposta das empresas em nova reunião, marcada para quinta-feira, dia 4 de maio. Nossa pauta tem como ponto principal a reposição integral da inflação anual fechada na data-base (1º de abril).
O INPC de 12 meses ficou em 4,36%, e deve ser aplicado a todas as faixas salariais, somado a 7,18% para reposição das perdas salariais de 2021 e 2022.
Como se repete a cada ano, o Sinterj uma vez mais se queixa das dificuldades econômicas das empresas. Se em outros anos o "problema" eram os índices elevados da inflação, desta vez o que "complica" é uma taxa abaixo de 5% ao ano...
A reunião inicial com o sindicato patronal, ocorrida na quinta-feira, 27 de abril, reforça a convicção do Sindicato de que, como sempre, serão a participação e o engajamento da categoria os fatores capazes de garantir o reajuste justo para a recuperação do poder de compra dos nossos salários.
Voltaremos aos locais de trabalho para informar as e os colegas sobre a contraproposta patronal, ouvir as posições da categoria e convocar para uma próxima assembleia.
As cláusulas sociais reivindicadas, já pautas históricas das e dos jornalistas do DF, como a ampliação da licenças maternidade e paternidade, se somam a demandas por proteção e segurança no exercício da profissão, mais justificadas do que nunca, após os atos de extrema-direita em 8 de janeiro, em que ao menos 16 profissionais de imprensa foram agredidos/as e/ou tiveram equipamentos danificados. Os episódios foram sistematizados à época no site do SJPDF .
Só com união e luta os e as jornalistas do DF conseguirão um reajuste digno! Mobilize-se junto aos e às colegas!