Estudo dos Sindicatos dos Jornalistas do DF, RJ e SP, com base na folha salarial disponível pelo acesso à informação, mostra que seria preciso apenas mais R$ 8,5 milhões para garantir a isonomia da tabela salarial dos jornalistas da EBC com demais empregados com curso superior. Essa diferença corresponde a 0,89% do orçamento da empresa previsto para o ano que vem, que será de R$ 950 milhões no total.
Frente a negativa da EBC em apresentar valores necessários para equiparação, o que mostra a total intransigência da direção da empresa, trabalhadores em greve estudaram meios de projetar quanto seria preciso para manter a equiparação que existe hoje na empresa entre todos empregados de curso superior. Os valores incluem ainda o proporcional de horas extras contratuais gastos pela empresa com os jornalistas.
Assim, seria necessário mais 10,9% do previsto pela EBC para um novo plano de carreiras que respeitasse os direitos dos jornalistas, já que a empresa estima R$ 78 milhões para a mudança.
Frente a um cenário de previsão de 140 milhões a mais para gastos com pessoal previsto na LOA para 2025, é totalmente viável garantir a equiparação, que está vigente hoje, entre jornalistas e outros empregados com nível superior. A lei orçamentária prever que os gastos da EBC com RH passem de R$ 414 milhões para R$ 555 milhões em 2025.
Greve
Nesta quinta-feira (3/10), os jornalistas da EBC entraram em greve contra a posição da direção da empresa pública de discriminar a categoria no novo plano de carreira.
A empresa quer mudar a tabela existente hoje, em que todos os trabalhadores de nível superior recebem o mesmo salário, para uma em que os empregados da área meio receberiam 12% a mais que os jornalistas, que são a área fim da empresa. Essa tabela gera um prejuízo para os jornalistas de até R$ 2.600,00 por mês, ou R$ 35 mil reais por ano.