A prisão aconteceu no apartamento onde o suspeito mora, em um bairro nobre de Goiânia (GO). A vítima foi morta a tiros na porta da rádio onde trabalhava na capital, em julho de 2012. Procurado pela reportagem do G1, o irmão do empresário não quis comentar o assunto.
O ex-vice-presidente do Atlético foi alvo de duras críticas de Luiz nos programas de rádio e de televisão dos quais participava. O cronista criticou várias vezes a atuação da diretoria atleticana eas emissoras onde trabalhava estavam proibidas de entrar na sede do clube.
Segundo o delegado da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH), Hellyton Carvalho, um dos responsáveis pela investigação, a prisão de Sampaio foi motivada pelo depoimento de um dos três suspeitos de execução do crime. Um açougueiro, que confessou ter atirado no cronista, um policial militar, suspeito de atrapalhar as investigações e um suposto funcionário de Sampaio foram presos na manhã da última sexta (1/2).
O açougueiro forneceu informações importantes que apontam o ex-vice-presidente como o principal mandante da execução. “E, se for confirmada essa participação, ele irá responder sob prisão provisória até a decisão da Justiça. Não podemos dar mais detalhes para não atrapalhar as investigações”, disse o delegado.
Sampaio está detido em uma cela especial na Delegacia de Investigação de Homicídios, onde deve prestar esclarecimentos nesta segunda (4/1). “Ele nega participação no crime, mas estamos investigando o caso para concluí-lo o mais rápido possível”, afirmou o delegado.
Em agosto de 2012, o ex-dirigente do Atlético-GO prestou depoimento e negou relação com o assassinato. "Ele disse que tomou conhecimento do assassinato através da imprensa e que não tinha nenhuma relação com ele. Ele estava tranquilo, calmo, e foi chamado aqui só como testemunha mesmo. Nós o chamamos pelos comentários que o Valério fazia e pela carta que foi endereçada aos veículos onde Valério trabalhava" explicou na época a delegada Adriana Ribeiro.
Crime
Valério Luís foi assassinado no dia 5 de julho de 2012, por volta das 14 horas, em frente à rádio onde trabalhava, no Setor Serrinha, em Goiânia. Logo depois de ter entrado no carro, um motociclista que efetuou os disparos. Ele chegou a ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
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