A diretoria do Sindicato dos Jornalistas convoca os jornalistas para participar de uma mobilização nas redes sociais no dia da próxima reunião de negociação com o sindicato patronal, 9/9. O encontro está marcado para as 14h e é uma nova tentativa de sair do impasse após a reunião realizada no dia 25/8.
A ideia é que os jornalistas publiquem suas mensagens pelo destravamento da negociação e pelo atendimento dos pleitos da categoria com as hashtags #naoaceitamosperdareal e #jornalistasmobilizadosDF. A diretoria também pede que as mensagens sejam publicadas no mural da página do SJPDF no Facebook (https://www.facebook.com/SJPDF) ou citem o perfil da entidade no Twitter (@sjpdf).
O objetivo é pressionar as empresas e dar visibilidade à Campanha Salarial 2015 e ao esforço dos jornalistas do DF de conseguirem fechar um acordo que não imponha uma perda real aos trabalhdores ao não assegurar nem a reposição inflacionária. “Sabemos que a negociação está difícil, mas só conseguiremos superar o impasse se a categoria se mostrar unida e cobrar das empresas o fim da intransigência”, diz Jonas Valente, coordenador-geral do SJPDF.
Impasse
Na última reunião de negociação, realizada em 25/8, o SJPDF apresentou nova versão da pauta dos trabalhadores, enquanto as empresas não trouxe ram novidades e mantiveram a oferta de reajuste de 7% em todas as cláusulas e auxílio-alimentação de R$ 240 (veja a pauta detalhada abaixo). O sindicato patronal também recusou a mediação do Ministério Público do Trabalho solicitada pelo Sindicato dos Jornalistas. A negativa foi anunciada em reunião com a procuradora Milena Cristina Costa realizada no dia 19/8.
Mesmo o encontro já foi uma conquista a partir da insistência do Sindicato e da categoria, uma vez que o sindicato patronal havia provocado um impasse se dispondo a reunir somente no fim de outubro. Durante a reunião, foi apresentada a nova proposta da categoria que alterou o ganho real do reajuste salarial de 1,75% para 1,5%. Com isso, a reivindicação dos jornalistas é da reposição inflacionária que é de 8,42% +1,5 de ganho real. O piso que era de R$ 2.500 foi para R$ 2.400. A nova proposta da categoria também abaixou de R$ 440 para R$ 410 o auxílio-alimentação e de R$ 550 para 520 o auxílio-creche.
Comparativo das propostas
Proposta dos Trabalhadores |
Proposta dos patrões derrotada |
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Reajuste Salarial |
INPC + 1,5% |
7 % (retroativo pago de forma parcelada até janeiro de 2016) |
Piso |
R$ 2.400 |
R$ 2.247 retroativo à data-base |
PLR |
Teto R$ 2.900 Piso - R$ 2.400 |
Teto R$ 2.675 (7%) Piso $ 1.712,00 (7%) |
Auxílio-alimentação |
R$ 410 (Para quem ganha acima, reajuste segundo o INPC refeição) |
R$ 240 no mês da assinatura da CCT e R$ 260 em janeiro de 2016. |
Auxílio-creche |
Mínimo de R$ 520 e reposição segundo INPC |
Reajuste de 7%, (a partir do mês da assinatura da CCT) |
Seguro de Vida |
Mesmo valor do reajuste salarial |
Reajuste de 7% (a partir do mês da assinatura da CCT) |
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Três cláusulas adicionais |
Horas extraordinárias Licença-maternidade Adicional para quem produz para mais de um veículo |