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Publicado em Segunda, 24 Março 2014 18:30
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As ações de formação foram o tema central da reunião mensal de avaliação da implantação do Acordo Coletivo da Empresa Brasil de Comunicação de março. Representantes do Sindicato dos Jornalistas do DF e dos sindicatos dos radialistas do DF, RJ e SP, além de integrantes da Comissão de Empregados, se reuniram com representantes da empresa. 

Segundo o gerente de educação corporativa, Edgard Ruffatto, há 29 cursos em andamento para os trabalhadores da empresa e outros 22 em desenvolvimento. No entanto, acrescentou que há mais de 600 pedidos de iniciativas de formação. A dificuldade de atender a toda essa demanda estaria na falta de estrutura, pessoal e recursos. Ruffato informou que o orçamento da área caiu de aproximadamente R$ 3 milhões em 2013 para R$ 1,7 milhão neste ano em razão dos cortes orçamentários. 

Os representantes dos Sindicatos apresentaram questionamentos sobre o que está no Acordo Coletivo e sobre a política de formação como um todo. O Acordo estabelece uma média de 20 horas/aula de treinamento. O gerente afirmou que atualmente a média está em 1,8 e que está no caminho de atingir a meta estabelecida. O ACT também prevê cursos de adaptação para empregados recém-contratados. O representante da empresa afirmou que as atividades de ambientação vêm sendo feitas. 

Outra cláusula do ACT diz que os empregados envolvidos em produção para mais de um veículo serão capacitados para tal. Edgard Ruffato disse que aguardava um temário por parte dos trabalhadores. Os representantes dos sindicatos esclareceram que não há temas específicos, mas que devem ser realizados cursos de redação para cada veículo (rádio, TV e web) e que os profissionais da casa podem ser aproveitados para essas atividades. "Temos novos profissionais que estão produzindo para veículos sem o preparo para isso. Até questões básicas, como a narração para rádio, estão passando longe do desejável", afirmou Carlos Alberto Paes, presidente do Sindicato dos Radialistas do DF.

Ampliação da estrutura e do número de atividades

O coordenador-geral do Sindicato dos Jornalistas, Jonas Valente, cobrou explicações sobre o corte de orçamento da área. "A informação que temos é que houve contingenciamento de R$ 28 milhões mas que o recurso que a TIM deve recolher na forma de Contribuição para o Fomento à Radiodifusão Pública compensaria este corte e ampliaria as verbas. Não é compreensível, portanto, porque a educação corporativa teve um corte de cerca de 40% no seu orçamento", ponderou. A gerente-executiva de pessoas, Margareth Campos, pediu que o questionamento fosse repassado à Diretoria Administrativa e Financeira. 

Outra discussão foi quanto à ampliação dos cursos. Edgard Ruffato afirmou que a gerência pega as demandas e vai atrás da contratação de cursos. No entanto, com a prioridade dada à incorporação de atividades da Acerp pela direção da EBC no ano passado, licitações de cursos ficaram paradas e estão sendo retomadas agora. Questionado pelos representantes dos sindicatos quanto à previsão dessas licitações, Ruffato não adiantou o que deverá ser garantido neste ano. 

Os representantes dos sindicatos afirmaram que um caminho para dar conta das demandas de formação é usar profissionais da casa. Segundo Ruffato, isso é feito ocasionalmente quando alguém apresenta uma proposta à gerência. Os dirigentes sindicais lembraram que já haviam apresentado a sugestão de uma "chamada de talentos" para que empregados da empresa enviem currículos e áreas nas quais poderiam contribuir em atividades de formação. Mais uma vez, Ruffato alegou falta de pessoal para processar um tipo de levantamento deste tipo. "Se há necessidade, não pode haver o corte de orçamento na área como ocorreu", afirmou Jonas Valente. 

Outros assuntos

Para além dos temas relacionados à formação, foi cobrado por parte dos representantes dos sindicatos outros assuntos, como a reunião com a direção sobre o Plano de Carreiras e a retomada do GT de horas-extras. A gerente-executiva de pessoas, Margareth Campos, afirmou que as agendas serão marcadas. Também foi perguntado sobre a ampliação da licença-paternidade, conforme compromisso assumido pelo diretor-presidente Nelson Breve na ocasião do fechamento do acordo que encerrou a greve do ano passado. Segundo Margareth Campos, o assunto seria colocado na reunião do Conselho de Administração do dia 25 de março.

A próxima reunião de acompanhamento do Acordo Coletivo será em São Paulo no mês de abril. Os sindicatos e a Comissão de Empregados ressaltam que qualquer descumprimento do Acordo Coletivo deve ser informado para que possa ser levado à direção nesses encontros mensais.

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