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Publicado em Quarta, 30 Abril 2014 16:40
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A Consulta às redações para avaliar a segunda proposta patronal da negociação da Convenção Coletiva de Trabalho 2014/2016 (que ocorreu entre terça-feira, 29/4, e quarta-feira, 30/4) terminou com mais uma negativa da categoria. Dos 260 jornalistas votantes, 245 (94,23%) foram contra a oferta das empresas e 14 (5,38%) se manifestaram a favor. A consulta recebeu um voto em branco. O índice de rejeição à segunda proposta dos patrões foi maior do que o da primeira, na qual 93,91% da categoria ficaram contra as empresas.

Além de rejeitarem a proposta das empresas, os jornalistas das principais redações do DF validaram alterações na pauta inicial da categoria aprovadas na assembleia realizada na última segunda-feira (28/4). O reajuste salarial inicial que era de 11,3% foi reduzido para 10%. O aumento sugerido pela categoria para o tíquete-alimentação, que antes era de 11,3% garantindo o mínimo de R$ 20, foi para 10% com o valor mínimo de RS 18. 

"Fizemos ajustes para garantir a continuidade da negociação. Mas mantivemos grande parte da proposta e seguimos batendo em cima do que consideramos que é necessário avançar, como o ganho real, o aumento do valor dos benefícios e melhoria das condições de trabalho proposta nas cláusulas sociais", explica Wanderlei Pozzembom, coordenador-geral do SJPDF.

O Sindicato das Empresas de Televisões, Rádios, Revistas e Jornais do Distrito Federal (Sinterj/DF) apresentou uma proposta com aumento inferior ao índice da inflação e uma divisão entre os segmentos impresso e eletrônico, sendo que o primeiro teria um reajuste de 4,5% e o segundo de 5,5%. A diretoria do Sindicato dos Jornalistas alertou nas visitas da consulta que essa proposta deve colocar em alerta a categoria, especialmente os trabalhadores da mídia impressa. 

Para Jonas Valente, coordenador-geral do Sindicato, o resultado da consulta mostra que os jornalistas querem mais. “O fato do percentual de rejeição dessa consulta ser maior do que o anterior, ainda que por uma pequena diferença, mostra que a categoria não está satisfeita com que as empresas estão levando para mesa. Esse recado precisa ser entendido pelo sindicato patronal para que seja possível avançar nas negociações”, afirma.

Uma nova mesa de negociação está marcada para quinta-feira, 8/5.

CONFIRA A NOVA PROPOSTA DOS TRABALHADORES

VEJA A 2ª CONTRAPROPOSTA DOS PATRÕES

Confira a contraproposta da categoria e a proposta dos patrões

 

 

Proposta da Categoria

Proposta dos Patrões

Reajuste salarial

10% 

4,5% para mídia impressa e 5,5% para mídia eletrônica nos salários

 

Participação nos Lucros e Resultados (PLR)

50% da remuneração com teto de R$ 2.400 e piso de R$ 1.800

35% do salário-base de 5 horas, com teto de R$ 2.110,00 e piso de R$ 1.477,00

 

Auxílio-alimentação

Aumento de 10% com o valor mínimo de R$ 18 por dia

R$ 7,50 por dia, sem fornecimento nos períodos de férias e afastamentos

 

Auxílio-creche

R$ 400,00

R$ 357,00

 

Piso Salarial

R$ 2170,00

R$ 2037,00

 

Segurança

Obrigação de fornecer equipamentos e treinamento. além de direito de se retirar de cobertura perigosa

Criação de comissão paritária para propor medidas de segurança

 

 

 

Equipamento fotográfico

Adicional de 30% com especificações de mínimo para o equipamento

Estabelecimento de modelos de equipamentos com percentuais diferenciados

 

Horas-extras:

Adicional de 100% e compensação de 2 pra 1 hora-extra trabalhada

Adicional de 70% (duas primeiras), 65% (demais horas) e 100% (dias de descanso) com compensação de 1 pra 1

 

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