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Publicado em Quinta, 03 Julho 2014 17:40
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A Consulta às redações para avaliar a “última” proposta patronal da negociação da Convenção Coletiva de Trabalho 2014/2016, que ocorreu nesta semana, terminou com mais uma negativa da categoria. Dos 337 jornalistas votantes, 212 (63%) foram contra a oferta das empresas e 125 (37%) se manifestaram a favor.

A proposta rejeitada apresenta basicamente a reposição inflacionária. As empresas ofereceram um reajuste salarial de 5,62% (índice da inflação referente a março). No piso, os patrões apresentaram índice praticamente igual (5,84%), chegando a R$ 2.060. No PLR, os empregadores concederiam teto de R$ 2.500 e piso de R$ 1.500, mas manteriam o benefício em 35% do salário-base (o relativo às 5 horas diárias).

"A negativa da categoria mostra que o que os patrões colocaram na mesa é insuficiente para fechar um acordo. Embora as empresas tenham dito que não há mais como avançar, o resultado é um recado claro que terá de haver um esforço de melhoria da proposta", afirma Leonor Costa, coordenadora-geral do Sindicato dos Jornalistas. 

A proposta dos patrões está aquém dos resultados obtidos em estados como Sergipe, onde o sindicato patronal concedeu reajuste de 7,1% para a categoria, com ganho real de quase 1,5%. Em Goiás, a convenção foi fechada com ganho real de 1%. No Rio de Janeiro, por exemplo, as empresas de mídia impressa se dispuseram a dar auxílio-alimentação de R$ 277, enquanto na negociação do DF os patrões oferecem o valor de R$ 190. 

"Em mercados menores do que o do DF, as empresas estão oferecendo ganho real. Já aqui o discurso é sempre contra qualquer coisa além da inflação. Mesmo no caso da mídia impressa, que apela sempre para o argumento das dificuldades financeiras, no Rio o segmento impresso ofereceu quase o dobro do valor do tíquete-alimentação. E por que no DF não é possível avançar?", questiona Jonas Valente, coordenador-geral do SJPDF.  

Mobilização no dia 10/7

Com a negativa da categoria, conforme aprovado em assembleia, será realizado um dia de mobilização para dar visibilidade à Campanha Salarial. “Iremos distribuir materiais e convidar a categoria para manifestar apoio nas redações e se mobilizar nas redes sociais compartilhando posts sobre a negociação. É muito importante que os profissionais participem da iniciativa”, afirma Wanderlei Pozzembom, coordenador-geral do SJPDF.

Confira a proposta da categoria e a contraproposta dos patrões que serão levadas à consulta 

 

Proposta da Categoria

Proposta dos Patrões

Reajuste salarial

7,62 (2% de ganho real)

5,62% (para mídias eletrônica e impressa)

Participação nos Lucros e Resultados (PLR)

50% da remuneração com teto de R$ 2.500 e piso de R$ 1.700

35% do salário-base de 5 horas, com teto de R$ 2.500 e piso de R$ 1.500

Auxílio-alimentação

Aumento de 8,3% com o valor mínimo de R$ 15 por dia

Valor de 190 por mês, o que corresponde a R$ 7,91 por dia, sem fornecimento nos períodos de férias e afastamentos

Piso Salarial

R$ 2.150

R$ 2.060 (aumento de 5,64%)

Segurança

Obrigação de fornecer equipamentos e treinamento de direito de se retirar de cobertura perigosa

Criação de comissão paritária para propor medidas de segurança

Equipamento fotográfico

Adicional de 30% com especificações de mínimo para o equipamento

Estabelecimento de modelos de equipamentos com percentuais diferenciados

 Horas-extras

Adicional de 100% e compensação de 2 pra 1 hora-extra trabalhada

Adicional de 70% (duas primeiras), 65% (demais horas) e 100% (dias de descanso) com compensação de 1 pra 1.

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