O Correio Braziliense voltou a atrasar o pagamento das notas de serviços prestados pelos free lanceres e dos tíquetes de alimentação de todos os jornalistas do veículo. Conforme acordo firmado entre o veículo e os funcionários, as notas dos freelas deveriam ter sido efetuadas no dia 20 de janeiro. Os tíquetes de alimentação de janeiro de todos os jornalistas também estão atrasados desde o início do mês.
Essas irregularidades ocorrem depois do jornal pagar somente 50% da Participação nos Lucros e Resultados dos trabalhadores no final de dezembro, contrariando as regras da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, que prevê o pagamento integral deste benefício (veja mais aqui).
A diretoria do SJPDF enviou um ofício para a empresa para fazer a cobrança das pendências financeiras. Uma reunião será realizada entre o Correio e o Sindicato na próxima terça-feira, 30/1.
Entenda melhor
Em novembro do ano passado, mais ou menos um ano depois dos funcionários do veículo terem realizado uma greve por conta de irregularidades financeiras, o Correio Braziliense voltou a atrasar salários e benefícios dos seus funcionários. Outro problema recorrente da empresa é a falta de recolhimento do FGT (veja mais abaixo).
À época, o Sindicato realizou assembleias com os jornalistas do veículo e conseguiu aprovar junto à direção da empresa um cronograma para regularizar as pendências financeiras dos jornalistas. Um dos itens acordados foi a data do pagamento das notas dos free lanceres estipulada para o dia 20 de todo mês.
Ano passado, o jornal atrasou o pagamento dos tíquetes de alimentação dos meses de setembro e outubro, o pagamento das notas dos free lanceres e os pagamentos dos editores e gerentes.
Férias
Em novembro de 2017, a direção do veículo também promoveu o congelamento das férias até 30 de junho de 2018, sendo mantidas somente as férias compulsórias dos funcionários. O congelamento, segundo os gestores do veículo, foi uma medida para ajudar a amenizar o problema econômico enfrentado pela empresa (veja mais sobre o assunto aqui)
FGTS
A regularização do FGTS é um problema que se arrasta há mais de três anos na empresa, depois de repetidas cobranças junto ao jornal, o Sindicato entrou com uma reclamação trabalhista contra o jornal. Ela solicita que o veículo regularize o FGTS dos empregados ativos e dos que já saíram da empresa. Outro item cobrado é o dano moral em decorrência da inexistência dos depósitos.