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Representantes do Sindicato dos Jornalistas do DF e do Sindicato de Empresas de Televisões, Rádios, Revistas e Jornais do DF (Sinterj-DF) se reuniram nesta terça-feira, 11/8, em audiência convocada pelo Ministério Público do Trabalho do DF. O encontro foi fruto do pedido de mediação realizado pelo sindicato laboral junto ao órgão, já que após a negativa da última versão da pauta dos patrões pelos trabalhadores, as empresas sugeriram realizar uma nova rodada de negociação somente depois de 120 dias. Na audiência foi deliberado que as partes farão uma nova mesa de negociação no dia 25/8. O Sindicato convocou uma assembleia para tratar do tema com a categoria um dia antes, 24/8 (confira mais abaixo).

Audiência

Na audiência, o sindicato patronal voltou a informar que não tem interesse na interferência, no momento, de nenhum terceiro para mediação, seja ele o Ministério Público do Trabalho ou a Justiça do Trabalho. Também deixaram claro que não darão anuência para que o sindicato entre com o pedido de dissídio coletivo. Para surpresa do SJPDF, as empresas disseram também que houve um erro de interpretação por parte do sindicato laboral insistindo na tese de que nunca colocaram como condição o prazo de 120 dias para ocorrer uma nova rodada de negociações.

Diante dos fatos, a procuradora Milena Cristina Costa esclareceu que não existia possibilidade da formalização da mediação por causa da discordância do sindicato patronal e que nesse caso o MPT atuará como colaborador do diálogo entre as partes.

O SJPDF informou que os patrões não analisaram a última proposta dos trabalhadores que foi reafirmada em assembleia seguida de consulta às redações bem como, que foi registrado, por meio de ofício, o repúdio da categoria em relação à sugestão dos empresários de voltarem a se reunir somente em 120 dias.

“É importante dizer que desde o início estamos lidando com propostas irrisórias por parte dos patrões, que inclusive apresentaram retirada de direitos já conquistados anteriormente”, ressaltou Wanderlei Pozzembom, coordenador-geral do SJPDF.

Leonor Costa, coordenadora-geral do SJPDF, disse que o principal problema agora é a questão da reposição inflacionária. “A última proposta dos patrões é de reajuste de 7%. Nossa data-base é em 1º de abril e o acumulado conforme o INPC é de 8,42%. A categoria não está disposta a ter perda real prova disso é o resultado da consulta que realizamos nas redações, quando ampla maioria votou contra a proposta patronal”, ressaltou Costa.

Durante a reunião, o SJPDF também apresentou dados de outros estados em que os jornalistas obtiveram sucesso nas negociações e conquistaram reposição inflacionária e até mesmo ganho real.

Proposta de nova mesa de negociação

Sem resposta oficial à solicitação de reunião para o dia 24/8, os representantes do sindicato patronal disseram na audiência que o encontro já estava confirmado entre as partes e que nunca houve indisponibilidade por parte deles de se reunirem com o SJPDF.

“Em ofício os senhores afirmaram que uma nova reunião só deveria ocorrer se tivesse fato novo e relevante, caso contrário, a sugestão foi que a negociação só ocorresse em 120 dias. Nós não fomos oficiados da aceitação da nossa solicitação para uma nova mesa de negociação. Me surpreende muito isso ser informado somente aqui no MPT. Se não houver possibilidade de avanço na reunião que está marcada para o dia 25/8, o encontro se torna desnecessário”, completou Renata Maffezoli, coordenadora-administrativa do SJPDF.

Assembleia

O SJPDF convocou uma assembleia para discutir o cenário das negociações com a categoria na próxima segunda-feira, 24/8, em duas etapas. A primeira a partir das 13h e a segunda às 19h. Os patrões também afirmaram que irão fazer uma nova assembleia para discutir o assunto.

Histórico das negociações

A última proposta dos patrões foi rejeitada em consulta realizada junto à categoria no início de julho. Dos 488 jornalistas votantes, 329 (67,5%) foram contra a oferta das empresas, 142 (29%) se manifestaram a favor e 17 (3,5%) votaram em branco. A maioria dos jornalistas, 276, disse sim para o pedido de dissídio coletivo. 

Os patrões oferecem o reajuste salarial de 7%, abaixo do INPC de referência da data-base (8,42%), com retroativo pago de forma parcelada até janeiro de 2016 e mesmo índice para Participação nos Resultados (também conhecida como abono), piso e auxílio-creche. No caso do auxílio-alimentação, o aumento seria para R$ 240 no mês da assinatura da Convenção e R$ 260 em janeiro de 2016 (confira abaixo a proposta dos patrões e da categoria).

 Comparativo das propostas

  Proposta dos Trabalhadores Proposta dos patrões derrotada
Reajuste Salarial INPC + 1,75% 7 % (retroativo pago de forma parcelada até janeiro de 2016)
Piso R$ 2.500 R$ 2.247 retroativo à data-base
PLR

Teto R$ 2.900

Piso - R$ 2.400

Teto R$ 2.675 (7%)

Piso $ 1.712,00 (7%)

Auxílio-alimentação R$ 440 (Para quem ganha acima, reajuste segundo o INPC refeição) R$ 240 no mês da assinatura da CCT e R$ 260 em janeiro de 2016.
Auxílio-creche Mínimo de R$ 550 e reposição segundo INPC Reajuste de 7%, (a partir do mês da assinatura da CCT)
Seguro de Vida Mesmo valor do reajuste salarial Reajuste de 7% (a partir do mês da assinatura da CCT)
     
Três cláusulas adicionais

Horas-extraordinárias

Licença-maternidade

Adicional para quem produz para mais de um veículo

 

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