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O levantamento "Desigualdade de Gênero no Jornalismo" realizado pelo Coletivo das Mulheres Jornalistas do Sindicato dos Jornalistas do DF (veja mais abaixo) contou com a participação de 535 pessoas de vários estados do país. A pesquisa foi feita entre os meses de março e maio por meio de questionário na  internet. Os dados trazem uma amostra de como anda o respeito aos direitos das mulheres dentro das redações e assessorias de imprensa, além de apontar a incidência de casos de assédio moral, machismo, racismo e preconceito nos locais de trabalho.

As estatísticas de casos de assédio moral e machismo são preocupantes. Das 535, 417 (77,9%) disseram ter sofrido algum tipo de assédio moral por parte de colegas ou de chefes diretos. Um número maior ainda, 78,5%, foi registrado quando as mulheres responderam se já enfrentaram algum tipo de atitude machista durante entrevistas. Mais de 70% delas disseram que já deixaram de ser designada para uma pauta pelo fato de ser mulher.

“Os dados da pesquisa revelam que ainda precisamos avançar muito no que se refere aos direitos das jornalistas, que, como em outras categorias de trabalhadores, ainda sofrem com a desigualdade em relação aos colegas homens. Além da disparidade salarial, enfrentamos, ainda, os assédios moral e sexual, ambos fruto da cultura machista da sociedade patriarcal. Sem falar no racismo, que é um agravante para as trabalhadoras negras. O Sindicato, juntamente com o seu Coletivo de Mulheres Jornalistas, está atento a esses desafios e não medirá esforços na luta para tentar reverter esse cenário. Precisamos avançar, urgentemente, nessa pauta”, afirma Leonor Costa, coordenadora-geral do SJPDF.

Desigualdade

A desigualdade no tratamento entre homens e mulheres jornalistas também foi demonstrada nas respostas do levantamento. A pesquisa aponta que 61,5% das jornalistas já vivenciaram situações em que apesar de exercerem a mesma função do seu colega de trabalho receberam menos do que ele. Os dados vão ao encontro das estatísticas reveladas na pesquisa Perfil do Jornalista Brasileiro, segundo as quais as mulheres são a maioria nas redações (64%) mas ainda recebem salários menores que os seus colegas e não ascendem aos postos de comando.

Racismo

A pesquisa também revela a falta de representação das mulheres negras dentro da profissão. Quando perguntadas se acreditavam que essas jornalistas têm menos oportunidade, 86,4% das profissionais responderam afirmativamente.  

Não é de hoje que a questão de gênero é discutida no meio da comunicação. Os dados da pesquisa Perfil dos Jornalistas Brasileiros já comprovaram que a maioria da jornalistas brasileiras são brancas, solteiras e com até 30 anos de idade. Este mesmo levantamento também revela que somente 23% dos jornalistas brasileiros são negros.

Regiões

A maior incidência de respostas foi de profissionais de São Paulo e do Distrito Federal, totalizando nestas duas regiões mais de 300 mulheres. Sobre a função das mulheres que responderam ao levantamento, boa parte das profissionais se designaram como redatoras ou simplesmente jornalistas, mais de 200. Cerca de 80 mulheres exercem cargos de chefia e mais de 100 trabalham em assessorias de imprensa.

Estados que participaram: Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Paraná,Santa Catarina, São Paulo, Tocantins.

Coletivo de Mulheres Jornalistas do SJPDF

Para marcar o mês da mulher, o Sindicato dos Jornalistas do DF lançou em março o "Coletivo de Mulheres Jornalistas".  O grupo tem o objetivo de discutir questões de gênero e relações de trabalho, debater e lutar por melhor posicionamento da mulher na sociedade e, em específico, no mercado de jornalismo, já que as mulheres são maioria nas redações e assessorias, inserir um olhar de gênero nos programas, ações e atividades sindicais e estimular a participação das jornalistas na entidade sindical. A primeira iniciativa do grupo foi a pesquisa “Desigualdade de gênero no jornalismo” lançada no dia 8/3, no Dia Internacional da Mulher. 

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