O plenário do Senado Federal aprovou na tarde desta terça-feira (04/07) requerimento de urgência para o projeto da reforma trabalhista (PLC 38/2017), projeto que propõe a mudança de pelo menos 100 artigos da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Foram 46 votos favoráveis e 19 contrários à urgência.
Alvo de várias críticas dos trabalhadores e de entidades que defendem os direitos dos trabalhadores, a reforma poderá ser votada em plenário na próxima terça-feira (11). Governistas queriam votar o projeto já nesta semana, mas não conseguiram fechar um acordo com a oposição para isso.
Com a aprovação do requerimento, os aliados do Palácio do Planalto conseguem evitar que o texto volte para nova análise das comissões, caso sejam apresentadas emendas (sugestões de alterações) ao texto, acelerando a tramitação.
O governo federal tem pressa na aprovação do projeto, porque acredita que isso pode ser uma sinalização ao mercado de que Temer tem condições de superar as crises política e econômica. O governo também quer agilizar a votação da reforma trabalhista para poder tocar a sua reforma prioritária, a da Previdência (PEC 287/2016), que está parada na Câmara dos Deputados.
Além disso, o Palácio do Planalto quer maior rapidez na votação antes que a denúncia contra Temer, elaborada pelo Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, avance e atrapalhe os planos do setor empresarial e do governo.
Veja como foi a aprovação da matéria na CCJ
Com informações do PSOL e do G1
Foto: Jonas Pereira/Agência Senado