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Publicado em Terça, 03 Fevereiro 2015 14:03
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A assessoria de comunicação do Sindicato dos Jornalistas do DF entrevistou a ex-apresentadora da TV Record de Brasília para entender melhor a ação da justiça que garantiu à profissinal vínculo empregatício e acúmulo de função. A profissional, que pediu para não ser identificada, explicou que ajuizou a ação por “questões muito pessoais”, inclusive revelou que além de todos os desrespeitos que foram julgados pelo TST, ela também sofreu Assédio moral dentro da empresa.A jornalista entrou na Justiça contra a Record aceitou falar sobre o episódio. Preferiu não se identificar mas trouxe um relato importante sobre um dilema vivido por muitos profissionais na mesma situação (confira também a matéria completa sobre o caso). 

SJPDF: Sabemos que vários jornalistas no país passam pela mesma situação que você vivenciou.  Quando você decidiu entrar na justiça contra a Record? E por quê? 

Jornalista: Resolvi entrar por questões muito pessoais que envolvem sentimento de justiça, valorização do profissional pela empresa ou a falta de valorização, e por milhares de outras questões como assédio moral (que sofri), que se fosse citar nomes iria expor algumas pessoas e criar uma situação que não quero para aqueles que já perdoei e para os que a Justiça vai fazer valer o peso da lei.  

Avaliei muito a situação e como todos os jornalistas que se encontram na mesma situação em que eu estava, contratados como empresa e trabalhando como CLT, com chefe, hora de chegar, de sair, senti medo de não ser aceita em outro emprego por ter tomado essa decisão. Mas na vida temos que tomar decisões difíceis o tempo inteiro. E essa foi mais uma que tive que tomar. Sou uma profissional com 17 anos de trabalho nas costas. Tenho dois filhos para criar e como todo cidadão, posso e devo buscar meus direitos. 

SJPDF: Você buscou em algum momento resolver diretamente com a empresa a situação? Caso sim, qual foi a resposta dela? 

Jornalista: Primeiro tentei reverter a situação com muita conversa e diálogo. Não adiantou. Quando entrei na Justiça, quis um acordo. Meu advogado, Jackson Domenico, procurou a outra parte, sem resposta. Então o processo seguiu.  

SJPDF: Que lições o seu processo traz para outros colegas em situação semelhante? 

Jornalista: Sei que muitos jamais entrarão na justiça com medo de se queimar no mercado. Tenho 7 anos de Globo, 7 de Record. Sou uma profissional e sei o meu valor. Sempre trabalhei muito. Não sei se outros colegas fariam o mesmo. É uma decisão muito pessoal. Mas a lei é para todos. E acho que uma empresa, que todos os dias, fala nos telejornais sobre o que é certo e errado, que cobra posicionamentos corretos da polícia, do governo, da justiça, e que busca ter credibilidade diante o público não deveria trilhar caminhos tão tortos.  

Caminhos condenados pela justiça. As empresas deveriam valorizar seus profissionais pagando todos os seus direitos, como hora-extra, por exemplo. Já ouvi falar de uma movimentação de algumas empresas para que os jornalistas não sejam mais contratados como empresa. Já é um avanço. Resta agora conversarem e melhorarem os salários. 

SJPDF: Alguns profissionais ficam com medo de buscar seus direitos por causa de ainda estarem atuantes no mercado. A ideia de que irão ficar sujos para novas contratações vigora entre a categoria. O que você tem a dizer sobre isso?

Jornalista: Tenho a dizer que é verdade. Pode acontecer de outra empresa não te contratar porque você colocou a outra em que trabalhava na justiça. Mas se essa nova empresa te contrata pagando todos os seus direitos, como férias, décimo terceiro, FGTS, ela não tem o que temer, não é mesmo? Vai deixar de contratar um bom profissional por isso? Quem não deve, não teme. E quer saber? As empresas, geralmente, calculam o risco e para elas quase sempre é vantagem contratar o jornalista como empresa, porque poucos arriscam a entrar na justiça.  
Estou muito feliz com a decisão da Justiça e gostaria que toda a categoria fosse valorizada como deveria sem ter que se sujeitar a certas situações e a salários tão pequenos. Às vezes, vergonhosos .

Confira matéria completa sobre o caso aqui

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