PLG_ITPSOCIALBUTTONS_SUBMITPLG_ITPSOCIALBUTTONS_SUBMITPLG_ITPSOCIALBUTTONS_SUBMITPLG_ITPSOCIALBUTTONS_SUBMIT

Os trabalhadores levantaram a bandeira  contra as propostas ruins apresentadas pela empresa, mas também para pedir a exoneração do diretor-presidente, Laerte Rímoli, que praticou ato de racismo justamente na semana nacional da consciência negra.

Dois atos realizados em Brasília hoje, 23/11, em frente aos ministérios do Planejamento e dos Direitos humanos, reforçaram a luta dos empregados da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que estão há dez dias em greve.  As ações, desta vez, foram contra as propostas ruins apresentadas pela empresa, mas também para pedir a exoneração do diretor-presidente, Laerte Rímoli, que praticou ato de racismo justamente na semana nacional da consciência negra (veja mais abaixo).  

Além de criticarem os gestores da EBC, que querem congelar os salários, cortar cerca de 3 mil reais por ano referentes à dois talões de auxílio-alimentação extra e ao vale cultura, e retirar direitos, os trabalhadores destacaram a disposição do governo federal e dos diretores que atuam na empresa de desmontarem o sistema de comunicação pública do país.

Os empregados também reclamaram da indisposição da empresa em negociar e do fato dela atribuir ao governo federal a responsabilidade pela posição de corte de direitos justificando estas pelas dificuldades financeiras do governo Temer.

“Um governo que usa milhões para pagar emendas parlamentares para salvar o Presidente da República e bilhões para perdoar dívidas de bancos e de igrejas é um governo que tem dinheiro para os amigos, que tem dinheiro para os banqueiros, mas não tem dinheiro para os trabalhadores”, afirmou Jonas Valentes, diretor do Sindicato dos Jornalistas do DF e empregado da Agência Brasil.

Racismo

Os atos também foram em repúdio ao diretor-presidente da empresa, Laerte Rímoli, que cometeu atos racistas ao compartilhar mensagens em uma rede social discriminando a atriz Taís Araújo.

A atitude racista do diretor-presidente vai contra a legislação e contra a Lei da própria EBC, que instituiu entre seus princípios o respeito à diversidade e o veto a qualquer tipo de discriminação. Nota das entidades foi publicada denunciando e repudiando o ato de Rímoli, bem como pedindo a exoneração do diretor-presidente frente a esse ato deplorável (veja a nota aqui).

A repercussão do ato de Rímoli tomou dimensão dentro do programa Sem Censura, TV Brasil, quando o ator Pedro Cardoso pediu para se retirar em protesto aos posts racistas do presidente da empresa contra a atriz Tais Araújo e em apoio à greve dos trabalhadores da EBC Confira no vídeo. (https://www.facebook.com/SJPDF/videos/1557376347710335/)

Mais sobre a greve

Em greve desde o dia 14 de novembro, os empregados das praças de Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Maranhão decidiram deflagrar o movimento por causa das propostas da empresa de congelamento nos salários, corte de benefícios e retirada de direitos.

A data-base dos jornalistas e radialistas é 1º de novembro. Os trabalhadores reivindicam 4,5% de reajuste para repor a inflação do período e perdas acumuladas. Porém, após oito rodadas de negociação, a direção da EBC não aceitou reajustar nenhuma das cláusulas econômicas. Além dos salários, os trabalhadores ficariam sem reajuste em benefícios como ajuda-alimentação, auxílio às pessoas com deficiência, auxílio-creche e seguro de vida em grupo.

No 'pacote de maldades' da empresa também estão ataques aos tickets extras (pago somente em dezembro e junho), à garantia de translado aos trabalhadores por questões de segurança, à complementação de auxílio previdenciário, à realização de homologações das rescisões de contrato nos sindicatos, ao vale-cultura, à multa pelo descumprimento do acordo coletivo.

Na terça-feira, 21/11, a empresa entrou com os pedidos de dissídio coletivo e revisão do ACT junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST). Depois disso, as entidades representativas dos trabalhadores solicitaram uma reunião com o TST. No encontro, o ministro Emmanoel Pereira, vice-presidente do órgão apresentou uma proposta de suspensão da greve para que a negociação pudesse ocorrer. Nesta quarta (22), os trabalhadores revisaram a proposta do ministro e colocaram duas condições para suspenderem o movimento: o abono dos dias parados e a manutenção da vigência do ACT atual enquanto a negociação ocorrer. A contraproposta já foi apresentada ao TST. Amanhã, 24/11, ocorrerá mais uma assembleia dos trabalhadores a partir das 13h.

Receber notícias

Acesse o Site