Pesquisa Desigualdade de Gênero no Jornalismo

O levantamento "Desigualdade de Gênero no Jornalismo" realizado no ano de 2016 pelo Coletivo das Mulheres Jornalistas do Sindicato dos Jornalistas do DF contou com a participação de 535 pessoas de vários estados do país. A pesquisa foi feita entre os meses de março e maio por meio de questionário na  internet. Os dados trazem uma amostra de como anda o respeito aos direitos das mulheres dentro das redações e assessorias de imprensa, além de apontar a incidência de casos de assédio moral, machismo, racismo e preconceito nos locais de trabalho.

 

Pesquisa: Pesquisa_Desigualdade_de_Gnero_no_Jornalismo_-_Resultados.pdf

Confira o resultado da pesquisa

As estatísticas de casos de assédio moral e machismo são preocupantes. Das 535, 417 (77,9%) disseram ter sofrido algum tipo de assédio moral por parte de colegas ou de chefes diretos. Um número maior ainda, 78,5%, foi registrado quando as mulheres responderam se já enfrentaram algum tipo de atitude machista durante entrevistas. Mais de 70% delas disseram que já deixaram de ser designada para uma pauta pelo fato de ser mulher.

“Os dados da pesquisa revelam que ainda precisamos avançar muito no que se refere aos direitos das jornalistas, que, como em outras categorias de trabalhadores, ainda sofrem com a desigualdade em relação aos colegas homens. Além da disparidade salarial, enfrentamos, ainda, os assédios moral e sexual, ambos fruto da cultura machista da sociedade patriarcal. Sem falar no racismo, que é um agravante para as trabalhadoras negras. O Sindicato, juntamente com o seu Coletivo de Mulheres Jornalistas, está atento a esses desafios e não medirá esforços na luta para tentar reverter esse cenário. Precisamos avançar, urgentemente, nessa pauta”, afirma Leonor Costa, coordenadora-geral do SJPDF.

Desigualdade

A desigualdade no tratamento entre homens e mulheres jornalistas também foi demonstrada nas respostas do levantamento. A pesquisa aponta que 61,5% das jornalistas já vivenciaram situações em que apesar de exercerem a mesma função do seu colega de trabalho receberam menos do que ele. Os dados vão ao encontro das estatísticas reveladas na pesquisa Perfil do Jornalista Brasileiro, segundo as quais as mulheres são a maioria nas redações (64%) mas ainda recebem salários menores que os seus colegas e não ascendem aos postos de comando.

Racismo

A pesquisa também revela a falta de representação das mulheres negras dentro da profissão. Quando perguntadas se acreditavam que essas jornalistas têm menos oportunidade, 86,4% das profissionais responderam afirmativamente.  

Não é de hoje que a questão de gênero é discutida no meio da comunicação. Os dados da pesquisa Perfil dos Jornalistas Brasileiros já comprovaram que a maioria da jornalistas brasileiras são brancas, solteiras e com até 30 anos de idade. Este mesmo levantamento também revela que somente 23% dos jornalistas brasileiros são negros.

Regiões

A maior incidência de respostas foi de profissionais de São Paulo e do Distrito Federal, totalizando nestas duas regiões mais de 300 mulheres. Sobre a função das mulheres que responderam ao levantamento, boa parte das profissionais se designaram como redatoras ou simplesmente jornalistas, mais de 200. Cerca de 80 mulheres exercem cargos de chefia e mais de 100 trabalham em assessorias de imprensa.

Estados que participaram: Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Paraná,Santa Catarina, São Paulo, Tocantins.

Coletivo de Mulheres Jornalistas do SJPDF

Para marcar o mês da mulher, o Sindicato dos Jornalistas do DF lançou em março o "Coletivo de Mulheres Jornalistas".  O grupo tem o objetivo de discutir questões de gênero e relações de trabalho, debater e lutar por melhor posicionamento da mulher na sociedade e, em específico, no mercado de jornalismo, já que as mulheres são maioria nas redações e assessorias, inserir um olhar de gênero nos programas, ações e atividades sindicais e estimular a participação das jornalistas na entidade sindical. A primeira iniciativa do grupo foi a pesquisa “Desigualdade de gênero no jornalismo” lançada no dia 8/3, no Dia Internacional da Mulher. 

CONFIRA TODOS OS RESULTADOS AQUI

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Quarta fase da Campanha

Categoria: Interno

3ª etapa de campanha abordará acúmulo de função 

O Sindicato dos Jornalistas do DF investe em ações de mais uma fase da campanha “Assessor de Imprensa é Jornalista”. Essa é a terceira etapa da iniciativa e abordará o tema acúmulo de funções. A primeira e a segunda fases trataram da jornada de trabalho e do vínculo empregatício, respectivamente. Com um caráter mais informativo e educativo, esta fase tem o objetivo de esclarecer aos colegas o que caracteriza a prática do acúmulo de função.

Por meio da divulgação do tema, o Sindicato objetiva chamar a atenção para mais essa irregularidade que se tornou frequente nas assessorias de imprensa/comunicação. A entidade alerta que os profissionais do setor têm atuado em diferentes frentes para suprir a necessidade dos empregadores. Tornou-se comum, por exemplo, um assessor de imprensa produzir e editar os textos, as fotos e, até mesmo, realizar a diagramação de produtos jornalísticos.

Funções como: produção executiva, relação com a imprensa, cinegrafia, relações públicas, cerimonial, marketing, propaganda e publicidade também fazem parte das tarefas atribuídas a esses profissionais (Veja mais sobre acúmulo de função aqui).

O material informativo da campanha traz informações importantes sobre o acúmulo de funções e quais as consequências que a prática pode trazer para a vida dos trabalhadores. Dados sobre o aspecto jurídico da questão também são apresentados no material. 

Coletivo de Assessores de Imprensa do SJPDF

O Coletivo de Assessores foi criado pela diretoria do Sindicato com o objetivo de defender os direitos dos jornalistas que trabalham em assessorias de órgãos públicos e privados, bem como de organizações da sociedade civil. Ele é um espaço aberto à participação de qualquer jornalista. Outra campanha desenvolvida pelo grupo é a “Blitz nas Assessorias”, que tem por objetivo conhecer as realidades das assessorias de comunicação do DF. Denúncias de irregularidades em vagas podem ser feitas pelo e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. ou pelo endereço www.sjpdf.org.br/ouvidoria. Qualquer jornalista também pode solicitar a blitz do SJPDF pelo e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. ou pelo telefone 3343-2251, assim como pelas contas do Sindicato nas redes sociais.

Materiais 

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Folder da Campanha

Primeira Fase da Campanha 

Segunda Fase da Campanha

Legislação da categoria

Consolidação das Leis do Trabalho - Seção sobre os jornalistas

Decreto 972/1969

Decreto n.º 83.284/79 - 13 de março de 1979

Portaria nº 222, de 7.2.2008, portaria do MPOG que explica a carga horária dos Jornalistas e outras categorias

Nota Técnica nº 762/2010 Coges / Denop / SRH / MP

Nota Técnica nº 517/2010 Coges / Denop / SRH / MP

Portaria nº 97, de 17.2.2012, que novamente ratifica o entendimento da jornada de trabalho no âmbito do governo federal (com amparo no Decreto-Lei nº 972/1969)

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3ª etapa de campanha abordará acúmulo de função 

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Campanha Salarial EBC 2017

Categoria: Interno

Sindicatos garantem assinatura do ACT da EBC conforme proposta do TST

A partir da mediação no Tribunal Superior do Trabalho, os Sindicatos dos Jornalistas e dos radialistas do DF, RJ, SP e MA assinaram nessa quarta (13) o Acordo Coletivo de Trabalho 2017/2018 com a Empresa Brasil de Comunicação (EBC). A proposta do TST foi aprovada em assembleia nacional realizada no último dia 1 de dezembro após 13 dias de greve.

O ACT apresentado pelo TST resguardou a maior parte dos direitos previstos no acordo e que a EBC desejava acabar. Foi garantida a continuidade dos dois talões extra do vale-alimentação e o vale cultura (que somavam R$ 2.714 por ano) e a multa do descumprimento. Os trabalhadores aceitaram em assembleia a proposta de reajuste zero nas cláusulas econômicas e o fim do abono de faltas para consultas de irmãos dos empregados da empresa. A empresa ameaçava levar o impasse a dissídio coletivo (julgamento pelo Tribunal), o que em se repetindo no ano que vem poderia trazer prejuízos ao conjunto das cláusulas sociais do acordo.

>> Confira o novo ACT da EBC

Na cláusula sobre contribuição assistencial (que havia sido aprovada em assembleia pelos trabalhadores), a empresa tentou impor a inclusão da obrigação de autorização individualizada. Esse mecanismo não está  previsto sequer na reforma trabalhista, que já alterou o tema de forma prejudicial às entidades representativas. Com a chantagem de que não assinaria o acordo se a redação não fosse endossada pelos sindicatos, a opção das entidades foi pela retirada da cláusula.

Ainda foi criada uma cláusula de comunicação de rescisões contratuais que substitui as cláusulas de homologação e rescisão existentes.

Compensação dos dias parados na greve

Uma outra conquista foi a compensação dos dias parados em greve. A EBC queria impor o desconto dos dias, apesar das entidades defenderem o abono total da greve. A mediação do TST foi pela compensação dos dias que deveriam ser trabalhados em até 120 dias. Neste tema a EBC também tentou dificultar ao máximo a compensação dos dias de forma mais humanos e que viabilizasse o pagamento sem transtorno às equipes.

>> Confira a ata da audiência no TST

As regras foram registradas na ata da audiência de conciliação desta quarta (13), que devem seguir o seguinte rito estabelecido pelo TST:

- O limite para compensação será de 2 horas diárias, em até 120 dias;

- A compensação ocorrerá mediante comum acordo entre chefia imediata e empregado, com o estabelecimento de plano de compensação em até 10 dias da assinatura do ACT 2017/2018, sendo que os casos de impasse devem ser submetidos por escrito à área de recursos humanos da empresa;

- A empresa pode abater horas-extras, de comum acordo entre chefia e empregado, nos termos da norma vigente – NOR 310, de 06/07/2017 ;

- O empregado pode dispensar a compensação e automaticamente concordar com o desconto;

- Caso as horas não sejam compensadas até os 120 dias, passa-se ao desconto, que se dará somente sobre as horas não compensadas.

Orientação do Sindicato

O SJPDF orienta a categoria a encaminhar um plano de compensação a chefia de acordo com esse modelo de plano de compensação até o prazo definido de 10 dias. Nele devem contar as horas que efetivamente deveriam ser realizadas, lembrando que a avaliação é de que o feriado do dia 15/11 não deve ser compensado e nem os dias já abonados na escala. Quem tiver horas-extras para ser compensadas poderá abater nos dias parados em conformidade com a norma da EBC, ou seja, utilizando os adicionais. Qualquer desacordo com a chefia imediata, o empregado deve recorrer a RH. O Sindicato se coloca à disposição para acompanhar este processo. O trabalhador que tiver dificuldades pode acionar diretamente algum diretor ou entrar em contato com a entidade pelo 3343-2251 ou por meio do O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..  

>> Confira o modelo de plano de compensação

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