Pelo segundo ano consecutivo, categoria aprova fechamento da Convenção Coletiva sem reposição inflacionária
Assembleia realizada nesta segunda-feira (12) aprovou, sem a realização de consulta às redações, a contraproposta apresentada pelo sindicato patronal na última semana. As negociações da Convenção Coletiva de Trabalho dos Jornalistas 2016/2017 se iniciaram há nove meses e foram marcadas pela insistência dos patrões em fazer ofertas muito ruins de reajustes nas cláusulas econômicas. Os empresários também não avançaram nos acordos das reivindicações sociais da categoria. Agora, a diretoria do Sindicato dos Jornalistas do DF vai encaminhar a assinatura da CCT junto ao sindicato patronal.
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Durante a assembleia, os diretores do Sindicato, como de costume, encaminharam uma proposta de realização de consulta às redações, que foi reprovada pelos jornalistas presentes. A maioria dos participantes, no entanto, escolheram a opção lançada por um jornalista da Rede Globo de não realizar a consulta e votar diretamente a proposta dos empresários.
Os jornalistas presentes também desconsideraram a possibilidade de esperar o julgamento do dissídio coletivo que estava tramitando na Justiça do Trabalho.
Reajuste salarial
A proposta aprovada pela categoria na assembleia foi apresentada pelos patrões na última quarta-feira, 7/12. Ela prevê o reajuste salarial de 7%, sendo 6% a ser efetuado a partir da folha de pagamento do mês de janeiro de 2017, com o pagamento de retroativo desde a data-base (abril/2016). O montante referente ao retroativo será pago em três parcelas bimestrais (janeiro, março e maio de 2017). O 1% restante será pago no mês de março de 2017, sem retroatividade.
Esse é o segundo ano consecutivo que os jornalistas optam por fechar o acordo sem a reposição inflacionária. Somadas as perdas do passado (1,42%) com as deste ano (2,91%), os jornalistas terão um prejuízo de 4,33%. Durante todo o processo de negociação, o SJPDF defendeu a reposição inflacionária. “A diretoria do SJPDF entende que a proposta é aquém do que os trabalhadores merecem, no entanto, quem define o fechamento do acordo é a própria categoria”, afirma Wanderlei Pozzembom, coordenador-geral do SJPDF.
Piso Salarial e PLR
A proposta de aumento do piso salarial é de R$ 2.420 (7,7%), a partir da data-base (abril de 2016). As diferenças salariais retroativas do piso serão pagas em até 3 parcelas bimestrais (nas folhas de pagamento dos meses de janeiro, março e maio de 2017).
O teto da Participação nos Lucros e Resultados será de R$ 1.600 e o piso de 1.350. Esse benefício será pago em duas parcelas, sendo que 30% serão creditados até dia 31 de dezembro de 2016 e os 70% até 30 de junho de 2017.
Auxílio Alimentação
O auxílio-alimentação passa de R$ 260 para 280, no entanto, o aumento só será efetuado a partir do mês de março de 2017.
Confira aqui a Convenção Coletiva de Trabalho
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Campanha de Sindicalização 2017 visa trazer novos colegas para o Sindicato
O Sindicato dos Jornalistas do DF lança a Campanha de Sindicalização 2017. Realizada todos os anos, a iniciativa garante facilidades a jornalistas para se associar ou regularizar sua situação junto à entidade. Confira as facilidades abaixo:
Para novos sindicalizados:
- Desconto de 10% na anualidade à vista ou em pagamento programado no cartão
- Desconto de 5% na semestralidade à vista ou em pagamento programado no cartão
Para associados inadimplentes:
- Regularização com o pagamento de R$ 200 e quita as dívidas
- A regularização poderá ser dividida em até 10 vezes no cartão.
Motivos para se sindicalizar
Apesar de não ser obrigatória, a sindicalização é um direito do trabalhador e um verdadeiro exercício de cidadania. Os sindicatos são os legítimos representantes dos trabalhadores junto aos empregadores e sindicalizar-se significa participar de ações que valorizam o ofício de cada trabalhador. É lutar para manter direitos já conquistados e para ampliá-los.
Os jornalistas filiados contam com benefícios como descontos em convênios, preços menores para fazer carteira da Fenaj e assessoria jurídica diferenciada.
Veja todos os benefícios abaixo:
Saiba como se sindicalizar
Documentação Necessária para Sindicalização:
O Coletivo de Mulheres Jornalistas do DF foi criado em março de 2016 e visa discutir questões de gênero e relações de trabalho, debater e lutar por melhor posicionamento da mulher na sociedade e, em específico, no mercado de jornalismo, já que as mulheres são maioria nas redações e assessorias, inserir um olhar de gênero nos programas, ações e atividades sindicais e estimular a participação das jornalistas na entidade sindical. O Coletivo é um espaço à participação de mulheres jornalistas.
Trabalhadores aprovam novo Acordo Coletivo da EBC
A semana foi de muita negociação entre a empresa e os sindicatos após a decisão da assembleia de apresentar uma nova contraproposta, depois da rejeição do acordo apresentado pelo TST. Até às 13h, minutos antes de iniciar a assembleia desta quinta, os sindicatos ainda pressionavam a empresa por um acordo que não retirasse direitos.
Foi mantida grande parte do texto do ACT 2015/16, destacando as cláusulas de hora-extra, do abono dos dias não trabalhados, da multa pelo descumprimento do acordo e a que determina que a empresa retire o cargo de chefias dos gestores que assediam os trabalhadores que forem julgados na comissão de ética. Apenas cinco cláusulas foram retiradas. Incialmente, a EBC propôs eliminar 39 cláusulas do acordo (veja o histórico abaixo)
Para Gésio Passos, coordenador-geral do SJPDF, a atuação dos sindicatos e dos trabalhadores foi fundamental, pois não permitiu que a empresa retirasse grande parte dos direitos já conquistados. "Temos que destacar a postura intransigente da direção da EBC que se retirou da mesa de negociação e desejava cortar quase 40 cláusulas do ACT. A empresa mostrou todo desrespeito aos trabalhadores e desvalorização da comunicação pública”, afirma Passos.
Histórico
A pauta de reivindicações dos trabalhadores foi protocolada no dia 15/9 (veja aqui). Os empregados enfrentam uma negociação muito difícil que foi interrompida unilateralmente pela empresa no dia 19/10. A EBC justificou a medida pela negativa da Confederação dos Trabalhadores de Comunicação e Publicidade (CONTCOP) em participar da negociação. Além de levar essa questão para ser decidida no TST, a direção da empresa apresentou a primeira proposta de ACT diretamente ao órgão. Nessa contraproposta, a empresa previa aumento nos salários e benefícios de 4.5% (cerca de metade da inflação acumulada do período) e a exclusão de 39 cláusulas do documento.
No início de novembro, os trabalhadores decretaram estado de greve. Uma primeira audiência de mediação foi realizada no TST. As partes não entraram em consenso e ficou determinado que a empresa apresentasse uma proposta diretamente para as entidades sindicais e para os trabalhadores. Depois de muita pressão, no dia 28/11, a EBC apresentou a proposta. Nela, a diretoria oferecia 5% de reajuste nas cláusulas econômicas, além da retirada de 10 cláusulas do ACT e a modificação da redação de dezenas de cláusulas. Medidas essas que atacavam vários direitos conquistados anteriormente pelos trabalhadores.
Uma última audiência de mediação foi realizada no TST no dia 30/11, quando também não houve entendimento entre as partes. Na ocasião foi sugerida a apresentação da proposta de mediação pelo próprio ministro (confira todas as informações aqui).
Os trabalhadores rejeitaram essa proposta apresentada pelo ministro durante assembleia de sexta-feira, 9/12. Na noite de sexta, a EBC entrou em contato com os dirigentes sindicais e agendou uma reunião para negociar com os trabalhadores, que até então a empresa se negava em fazer. A assembleia desta quinta (15/12) aprovou a proposta que foi negociada pelos sindicatos e a empresa, com vitória para os trabalhadores, visto que o acordo fechado mantém a maioria das cláusulas sociais e garante um percentual de reajuste muito maior do que o oferecido incialmente pela empresa.
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